Encontrada aqui.
Atitude do Pensar
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Bom dia, astro rei!
Bom dia, astro rei!
[devaneios de um raiar de sol, após tanta chuva por aqui, o sol deu o ar da graça, ao comtemplá-lo, lembrei-me do quanto ele pode ser agradável]
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Devaneios de quase férias
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
A complexa tendência a maldade
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
A gente somos inúteis
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
El piel que habito - Velhas questões que permeiam nossa humanidade
Acerca de Melancholia calarei-me, pois até a presente data não foi possível degustá-lo, mas quanto a nova produção de Almodóvar pretendo rascunhar algumas palavras nas linhas que se seguem.
E para que eu não descreva mais do que deva ser revelado, encerro-me por aqui, ainda digerindo esta incrível produção cinematográfica.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Cultura elitizada
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
É tão bom
É tão bom te ver entre girassóis e estrelas.
Deixar o coração bater sem medo.
[Entre reformas na casa e falta de tempo, consegui dar uma escapada e sexta foi dia de prestigiar Lô Borges no SESC Paladium. Grande show, boa companhia. Domingo foi dia de Ópera, os dramas italianos, chocolate quente e a Lê]
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Paradoxo de um coração
[o tempo ainda é curto, a estação é percebida de longe e vez ou outra eles falam comigo: a, b, c]
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Ela, entre lagartas e borboletas
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Ainda é inverno
Lya Luft
Sei que sou invernos e outonos e, que ainda não aprendi a ser primavera. Contudo, algo me diz que os mesmos olhos que aprenderam a alcançar os ipês do inverno, será capaz de se transformar em primavera.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
A morte da esperança
Se for, estou a um passo da morte, habitando comas da alma.
"Fiquei. Você sabe que eu fiquei. E que ficaria até o fim, até o fundo. Que aceitei a queda, que aceitei a morte. Que nessa aceitação, caí. Que nessa queda, morri. Tenho me carregado tão perdido e pesado pelos dias afora. E ninguém vê que estou morto."
Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Máscaras da feiúra
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Beira-Mar
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Mulher à madrugada
[Título dessa postagem, inspirada em uma produção mineira "Mulher à tarde", que assisti na Mostra Indie, na companhia da Lê, minha amiga Tempestade. Frases citadas, nasceram das primaveras de Cecília Meireles]
[Ouvindo um som novo, peculiar, ela]
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Era setembro
Contudo, foi amor. E onde agora existia somente dor, havia residido risos, abraços, mãos dadas, calor. Sendo assim, as duras palavras que saiam de sua boca contrastava com o tamanho do bem querer que seus olhos sempre me contaram.
O vento cortava minha pele, mas era meu coração que sangrava. Entre espaço e silêncio nossos corpos resistiam. Respondendo-lhe calmamente, eu disse: É o fim. O último abraço de um amor cor de amêndoa. Com cheiro de matte. Fim: sem lágrimas ou temores.
Afinal, o calendário anunciava o final do inverno e o inicio da primavera. Nova estação, nova alma, novos poros, novos quereres e sentires. As flores iriam reflorescer. As noites seriam mais curtas e os dias de sol mais longos.
Era setembro.
[Nunca fui muito boa com datas, mas foi em 04/09/2010 que tivemos a certeza que já não era mais amor]
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Honestidade x "Jeitinho Brasileiro"
Em qual desses pontos nos encontramos enquanto indivíduo e sociedade?
Há pessoas 100% honestas?
Bem, particularmente, acredito que não.
Porém, para destrinchar mais acerca desse assunto, fui convidada à fazer uma refelxão aqui, juntamente de mais 3 colegas blogueiros.
Vambora?
Raramente, quando se fala acerca de corrupção, associa-se o “jeitinho brasileiro” individual ao “jeitinho brasileiro” coletivo. E nisso, percebemos que nossa visão de corrupção está fundamentada nos políticos, e não em nosso cotidiano onde perpassa nossas relações sociais.
No entanto, é sabido que o “jeitinho brasileiro” é reconhecido no âmbito nacional e até internacional, como a forma que os brasileiros têm para resolver seus problemas. Portanto, permeia todo o universo brasileiro, iniciando pelo individual e coletivo até tornar-se em parte nossa identidade nacional.
Enquanto indivíduo, posso afirmar que infelizmente não sou 100% honesta, mesmo apreciando a veracidade dos fatos e até mesmo da identidade pessoal. Inclusive, posso afirmar que em muitos momentos, ocorre de forma involuntária, contudo, me esforço para que não exceda a minha identidade, meus valores.
Como citado acima, esse estigma brasileiro denominado “jeitinho brasileiro” é reproduzido constantemente em nossa sociedade, e ao realizar uma análise mais intrínseca sobre esse fato, percebe-se que tal jeitinho, está alicerçado na falta de honestidade que a sociedade brasileira tem construído historicamente há séculos, por meio de vínculos com o coronelismo, paternalismo, ou simplesmente na troca de simples favores.
Estigma ou não, a reprodução histórica desse fato, pode nos impedir de legitimar direitos nacionais e universais, pode ainda, manter no poder, pessoas desqualificadas, e reproduzir corrupção nas coisas mais frívolas do dia-a-dia.
Iniciando em coisas que pensamos ser pequenas, como a não devolução do troco, a ocupação do lugar reservado para idosos e afins, a fila do banco ou supermercado que passamos na frente, até a compra do voto político, mantemos em constante evolução o que consideramos abominável: a corrupção.
O antropólogo Roberto da Mata afirma que há uma relativização dessa corrupção, pois parte da idéia que aceitamos determinados modelos de transgressões, mas não outros. Nesse sentido, Da Mata entende que, quando localiza-se na esfera individual a corrupção é aceitável, mas quando parte para o coletivo, a massa, é inaceitável.
Mas afinal, o que fazer?
Talvez iniciar uma reconstrução da ética individual e nacional. Entretanto, pode ser que seja necessária não a reconstrução, mas sim, a construção, visto que o “jeitinho brasileiro” nasceu na própria colonização de Portugal no Brasil e, portanto, está arraigada em nossa atmosfera.
Enquanto isso vale a pena uma reflexão individual de como estamos construindo o que mais criticamos enquanto indivíduo político, repensando assim, nossos atos frente às nossas relações sociais, buscando então, uma vida honesta, ou o mínimo corruptível possível.
[obrigada pelo convite, Emi]
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Logo ali
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Um lugar para estar
Nessa semana, comentei com a Fer, que meu coração é quem manda, e mesmo sendo muito racional para certas coisas, ainda não sou capaz de controlá-lo - e nem quero.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Aniversário da menina dos balões
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
As 4 estações
07:00 da manhã de uma simples segunda-feira, o calendário informa que estamos no inverno. Porém, o ontem cantava acerca das flores e do reinado do sol. Mas o dia de hoje possui cor de saudade, e o frio que corta minha pele traz um rosto ainda desconhecido, uma voz que encontra-se distante e um abraço desejado. Será apenas um mero sonho de inverno?
Não sei, mas há tempos anseio por encontrar refrigério e proteção no poço de água limpa que habita em teu colo. Contudo, é sonho. E nas noites desse inverno durmo embalada ao som que vem lá de fora, que contrasta com essa quimera; maior do que o tamanho do meu peito. Vou dormir, é só o vento lá fora aquietando-me aqui dentro...
Mas meu amor passou...
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Minha caixa de pandora
[que as estrelas, a lua, o sol e as estações não passem, mas fiquem gravadas em tudo o que sou]
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Desassossego
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Nascerá
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Durma bem, querido
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Manhãs de inverno
Bem, sempre esperei o melhor das pessoas, e por mais que eu quebre a cara e, fique momentaneamente com reservas, acabo dando novas oportunidades para as relações - nesse caso, refiro-me às amizades.
Possuo um ar inocente - como a confiança depositada pela criança nos adultos -, não sou capaz de enxergar o mal nessas relações, e exatamente por isso, as pessoas são capazes de magoar-me muito.
Aliás, enxergar todos os contornos de algo/alguém/situação, é muito característico da minha natureza. Porém, há momentos em que a dor desempenha o papel de educadora, esforçando-se por ensinar-me a agir diferente. Contudo, somente ao pensar na dor que surgirá ao agredir o meu ser, em busca dessa mudança, fico impedida de ir adiante. Nesse sentido, reflito se realmente devemos deixar de ser quem somos, para nos adaptar frente a essa luta denomidada relações sociais.
Não desejo perder essa inocência, mas preciso resguardar-me. Afinal, também não quero deixar de acreditar no paradoxo humano. E por mais que as dores causadas por este, sejam inúmeras, eles ainda são capazes de nos surpreender para o bem.
Hoje entre essas duas citações, pois o dia está cinzento e as folhas marrons, nessa manhã de inverno...
"Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?"
"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
[nem tudo é tristeza, ainda mantenho-me acordada para as alegrias que podem nascer de um sorvete de limão, um treino de box, o ronronar de uma gata, uma amiga preocupada com minha sensibilidade, e o novo que há em cada dia, mesmo que esse seja em formato de uma nova música sussurrada em meus ouvidos. Além disso, adoro as manhãs de inverno]
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Cativando
A RAPOSA E O PRÍNCIPE
...
__Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
__Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
__Ah!desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
__Que quer dizer "cativar"?
__Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
__Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
__Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bemincômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
__Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
__É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços...".
__Criar laços?
__Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual
a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
__Começo a compreender, disse o principezinho...Existe uma flor...eu creio que ela me cativou...
__É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
__Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
__Num outro planeta?
__Sim.
__Há caçadores nesse planeta?
__Não.
__Que bom.E galinhas?
__Também não.
__Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua idéia:
__Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca ,como se fosse música. E depois,olha! Vês lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
__Por favor...cativa-me!disse ela.
__Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
__A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
__Que é preciso fazer?perguntou o principezinho.
__É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
__Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
[ouvindo um novo som, ele]
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Quimeras
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Metade - Por Oswaldo
Que a morte de tudo o que acredito não me tape os ouvidos nem a boca
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada mesmo que distante
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas, como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso, que me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia, e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada,
Porque metade de mim é amor, e a outra metade...
também.
"....Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo que eu cantaria
E quando eu for embora você cantará."
Por Oswaldo Montenegro
Através da noite
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Minimamente Feliz
A felicidade é a soma das pequenas felicidades. Li essa frase num outdoor em Paris e soube, naquele momento, que meu conceito de felicidade tinha acabado de mudar. Eu já suspeitava que a felicidade com letras maiúsculas não existia, mas dava a ela o benefício da dúvida.
Afinal, desde que nos entendemos por gente aprendemos a sonhar com essa felicidade no superlativo. Mas ali, vendo aquele outdoor estrategicamente colocado no meio do meu caminho (que de certa forma coincidia com o meio da minha trajetória de vida), tive certeza de
que a felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas. Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar, um homem que nos faz sonhar, uma amiga que nos faz rir. São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
'Eu contabilizo tudo de bom que me aparece', sou adepta da felicidade homeopática. 'Se o zíper daquele vestido que eu adoro volta a fechar (ufa!) ou se pego um congestionamento muito menor do que eu
esperava, tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: 'Eu me imaginava sempre com um homem lindo do lado, dizendo que me amava e me levando pra lugares mágicos Agora, se descobre que dá pra ser feliz no singular:
'Quando estou na estrada dirigindo e ouvindo as músicas que eu amo, é um momento de pura felicidade. Olho a paisagem, canto, sinto um bem-estar indescritível'.
Uma empresária que conheci recentemente me contou que estava falando e rindo sozinha quando o marido chegou em casa. Assustado, ele perguntou com quem ela estava conversando: 'Comigo mesma', respondeu. 'Adoro conversar com pessoas inteligentes'.
Criada para viver grandes momentos, grandes amores e aquela felicidade dos filmes, a empresária trocou os roteiros fantasiosos por prazeres mais simples e aprendeu duas lições básicas: que podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhadas e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
Esperar para ser feliz, aliás, é um esporte que abandonei há tempos. E faz parte da minha 'dieta de felicidade' o uso moderadíssimo da palavra 'quando'.
Aquela história de 'quando eu ganhar na Mega Sena', 'quando eu me casar', 'quando tiver filhos', 'quando meus filhos crescerem', 'quando eu tiver um emprego fabuloso' ou 'quando encontrar um homem que me mereça', tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje. Esperar o príncipe encantado, por exemplo, tem coisa mais sem sentido? Mesmo porque quase sempre os súditos são mais interessantes do que os príncipes; ou você acha que a Camilla Parker-Bowles está mais bem servida do que a Victoria Beckham?
Como tantos já disseram tantas vezes, aproveitem o momento, amigos. E quem for ruim de contas recorra à calculadora para ir somando as pequenas felicidades.
Podem até dizer que nos falta ambição, que essa soma de pequenas
alegrias é uma operação matemática muito modesta para os nossos tempos. Que digam.
Melhor ser minimamente feliz várias vezes por dia do que viver eternamente em compasso de espera.
[Enviado por uma amigo muito querido - Devah]
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Outras estações
Eu só espero que ele não me peça malas, pois tudo o que possuo são meros contornos, melodias e harmonias.
[Hoje na companhia dele, e dele]
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Estação e Doçuras
" Por frações de segundo seria amor, mas por receio resolvi descer na próxima estação."
Por mim.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
A chegada de gosto (agosto)
"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles."
[Rubem Alves - companheiro de muitos invernos]
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Homofobia à africana
Na manhã de ontem, o site outraspalavras apresentou o artigo abaixo, que descreve o pedido de Aidoo à população de Gana, para que estes "dedurem" os homosexuais. Compreendo que, isso nada mais é, do que uma reprodução da discriminação, porém, em outro formato. Pois, se antes, num passado não muito distante, os negros eram discriminados pela cor (o que bem sabemos que ainda persiste em todo universo que refere-se a habitação de humanos), hoje, os homosexuais deverão ser encarcerados devido sua opção sexual.
Ainda não digeri essa informação, e, sinceramente, novamente sinto-me envergonhada em ser uma humana e também cristã.
Mas lembrou-me de uma discussão com um amigo que morou na África do Sul. Este, contou-me que obsevou que, apesar do fim do apartheid, há uma reprodução constante deste, pela própria população. Nesse sentido, compreendo que ações devem ser tomadas. Medidas que trabalhe a construção da cultura, pois a discrimação é algo que é reproduzido por anos, fazendo então, parte da cultura. Portanto, cabe a mudança na base.
E a dúvida ainda persiste...
Por Luís F. C. Nagao
Em novo sinal de como o conservadorismo moral atormenta a África, o ministro responsável pela região ocidental de Gana, Paul Evans Aidoo, pediu ao serviço de inteligência para rastrear e prender todos os gays e lésbicas.“Todos os esforços estão sendo feitos para livrar a sociedade destas pessoas”, afirmou o católico Aidoo, que também pediu aos proprietários de terra e imóveis para informar sobre pessoas suspeitas de serem homossexuais.
Aidoo parece usar como pretexto um artigo do Código Penal de Gana (de 1992), que condena “relações carnais não naturais”. Embora a Constituição garanta a não-discriminação por motivos de raça, local de origem, opinião política, religião, credo ou sexo, não menciona opção sexual.
A declaração ocorre no contexto de preparativos para as eleições, marcadas para fevereiro próximo de que no ano que vem haverá eleições no país. A Convenção Nacional do Povo (PNC), partido de Aidoo, está no poder. Tem havido eleições regulares desde 1992, quando uma nova Constituição pôs fim a 26 anos de golpes militares e instabilidade.
Ouro e domínio europeu: Localizada no Oeste da África (Golfo da Guiné), com 11,5 milhões de habitantes, Gana é parte de uma região que sofreu, desde o século 15, ocupações europeias. Aos portugueses, primeiros a chegar, sucederam-se holandeses. Rica em ouro, a região foi também explorada por ingleses, dinamarqueses e suecos. Em 1896, a Inglaterra assumiu seu controle, que manteve até a independência (1957). Um governo nacionalista, que contribuiu para a criação da União Africana, foi deposto em 1966, num golpe em que há suspeita de participação da CIA.
As jazidas importantes de ouro, ainda não esgotadas, e exportações de manganês, diamantes, chumbo e bauxita, fazem do país uma nação de renda média. Descobriu-se um grande campo de petróleo em 2007. A economia cresceu 14,33% em 2010 – o segundo maior índice do mundo. No entanto, há enorme desigualdade: 65% dos adultos são analfabetos e a expectativa de vida é de 60 anos.
Religiões africanas, que predominavam até a colonização, são ainda praticadas em certas regiões, mas o islamismo (15%) e cristianismo (69%) predominam. Assim como em outras partes da África, é desta última matriz religiosa que partem as pressões homofóbicas
terça-feira, 26 de julho de 2011
A menina dos balões
[ouvindo ele]
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Entre ser Radical Chic e os cacos
Para mim:
[Pra esquentar o frio que chegou de repente, nesta manhã de segunda]
APENAS CACOS OU OBRA DE ARTEO dia de hoje segue com cores nostálgicas e sons que doem aqui dentro. De repente, sinto que a memória ainda controla. E acima desse sentir, há o saber; a certeza de que ela ainda reproduz, não o amor ou desamor, mas os medos. As falhas. As expectativas. Enxergo algo que não agrada aos meus olhos e menos ainda a racionalidade: fragilidade. E dessa vez, o frio que permeia a atmosfera lá fora, faz-se presente. Meus pés descalsos, sentem o frio que fica registrado sob o solo, mas são os cacos que os impedem de ir. E enquanto minha pele seca carece de hidrantes, minha alma diz-se perdida - o que espero que seja somente por instantes. Porém, também constato que estar pronto não é a solução. Que há momentos de limitação. De espera. De construção. Envolvida pela atmosfera do medo, percebo um que fala mais alto. E é este mesmo medo que me motiva a correr o risco de seguir em frente. Pois para o amor não há fórmula, referência, mas sim, experiência. Portanto, sigo. Por vezes com a visão embassada, mas os ouvidos atentos. Em outras, avistando meu lindo jardim de girassóis, mas inundada do silêncio. Nesse momento, embalada ao som dele, um achado lá no blog do querido poeta, Jorge.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Para minha querida comedora de carne humana
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Se o diabo veste Prada, eu visto o quê?
Ao realizar a soma, o resultado é insatisfação constante.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
É bom ser menina
Da minha contemplação contínua desse céu que me cobre, lembro-me da fome e sede voraz que as meninas possuem.
Engraçado como a brevidade não as assusta.
Aliás, seus medos são tão singelos que cabem em uma mão.
Já não posso dizer o mesmo de seus sonhos; imenso como o céu.
Sua curiosidade insita às descobertas. A invasão do mistério.
Elas - as meninas -, brincam com o tempo.
Revelam a ele que são capazes de despertar paixões, enquanto ele as adormece.
Da varanda elas brincam de construir sonhos com as nuvens. Uma a uma vão tomando forma.
Encontro-me entre a lógica do tempo e o caos do pensamento. Lá habita a menina-mulher.
Que não sonha com príncipes, mas com a chegada do menino de sorriso acolhedor.
A menina diz que a fórmula desse encontro é o acaso.
A mulher a escuta atentamente, sem deixar de observar o céu, que sutilmente, dá sinais de inverno.
Mas o frio não a encolhe. Antes a desperta!
Pois é assim; menina-mulher.
E enquanto a noite estiver tão linda, ela vai ficar.
Afinal, é tão bom ser menina.
[Para as meninas do meu coração: Nel e Paulinha]
[Tiê - Na varanda da Liz]