Atitude do Pensar

Atitude do Pensar

domingo, 25 de março de 2012

Entre risos, liberdade, leveza e medos

Eu tenho medo da apatia, do não sentir, do distanciamento da minha humanidade.
O sentir e o ser caminham entrelaçados, portanto também tenho medo do ter. De me perder entre a futilidade. Tenho medo de não me permitir dar um passo, medo da queda. Sim, tenho medo do espelho, dessas várias manifestações de mim mesma.
Porém, este mesmo medo me impulsiona a sentir. Com todos os meus sentidos e com uma intensidade assustadora.
Por sentir, abro portas facilmente, deixo a brisa entrar, bem como o fogo.
E este fogo consome-me, deixando cicatrizes, vestígios de expectativas frustradas.
Mas como não sentir?
Como deixar portas e janelas trancadas?
Talvez o segredo seja a medida da intensidade. Mas como privar meus sentidos de me dominarem?
Como viver uma vida de reservas?
Como construir pontes permeadas de receio?
Deixei você entrar, não de primeira, mas nos permiti uma segunda chance.
Você se foi quando eu mais precisava de você, e aqui dentro ficou repleto de incógnitas.
As palavras lançadas por seus lábios ainda habitam meu ser. No entanto, percebo que infelizmente são meras palavras.
Quando você se foi, algo de bom aconteceu, risos se fizeram presentes. Liberdade e leveza bateram à porta. E novamente permiti a entrada do novo, porém, veio o medo e ele ainda reside em mim.
Por onde você está meu lindo raio de sol? Não ouço nossos risos.
Tenho medo.
Medo de querê-lo mais do que a liberdade e leveza possam ser capazes de disponibilizar.
E eu quero!