Num susto repentino me vi permeada de desejos de ir.
Simplesmente sucumbir.
E a sensação que vem ao deparar-me no espelho é de puro definhamento.
A existência não mais me apraz.
Nada acalenta meu coração que geme.
E meus olhos que choram.
Mas o que está acontecendo?
Será o simples fato de sentir?
De ser humana?
Os sonhos escorreram pelo ralo. Os ideais se ocultaram.
Não amo. Não vivo. Mas ainda sinto.
Será que apenas existo?
A consciência, a razão e a lógica estão me torturando.
Será o pensar mais doloroso do que o sentir?
Novamente, desejos insistentes de ir.
E o espelho teima em dizer-me: Não sou forte. Não sou boa.
Ao ouvi-lo, grito por socorro. Mas quem poderá salvar-me de mim mesma?
Da imensurável descrença total?
Nesse momento, recuo e não vou.
Com muitas dificuldade teimo em não ceder, esperando que o desejo vá sozinho.
Com as forças que me restam, esforço-me a abrir caminho em minha mente e em meu coração, obrigando-os a lembrarem das possibilidades – mesmo que não sejam vistas e percebidas -, de esperança.
Esperança de que haja outro dia. Outros sonhos. Outros amores. Outros risos. Outras pessoas. Outros tempos. Outras coisas. Outra vida. Um outro amanhã.
Fui me encolhendo aqui ao ler seu post e me vi lá dentro, revirando páginas de ontem e de repente ficou tudo vazio. Sabe quando algo te alcança e logo em seguida se perde? Nossa, preciso meditar sobre isso...
ResponderExcluirbacio carissima
K.
ResponderExcluirRetribuindo sua visita! E que espanto - no melhor sentido da palavra! - deparar-me com esse post! Compartilho TANTO dessa "descrença" no mundo e nas pessoas, "vezenquando". São hiatos em que, como diria minha amada Lispector, viver se torna absolutamente doloroso e quase impossível. Sentir é, sob muitos aspectos, devastador! Às vezes que fica a nítida impressão de que, para VIVER, de fato, a pessoa deve se ANESTESIAR de todo o SENTIR! Virar pedra, boneco inflável, vapor de água... Sentir nos custa muito caro, às vezes. Ouvirmo-nos em excesso talvez seja, pela tangente, uma espécie de maldição - mas que fazer se, em outros momentos, aqueles a que chamo "Horas Aveludadas", o sentir é verdadeira maravilha?
Eis o desafio, então.
Mas não se engane, caríssima: somos muito mais fortes e potentes do que imaginamos.
Só os fortes conseguem SENTIR e NÃO SUCUMBIR.
Estamos aqui, certo? Na calçada da vida, expostos, atirados à realidade que tanto nos machuca e nos violenta os sentimentos.
Não. Não somos, nem de longe, "fracos".
Adorei tudo por aqui.
Um grande abraço.
Daniel.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuitas vezes ja me senti assim, torturada pela razão,pela logica...Profundo e belo a forma como vc escreve.
ResponderExcluirQuanto ao Metendo o pé na Jaca,é uma historia com alguns capítulos que já esta no 7 de fatos reais contados por amigas e anônimos para mim escrever no blog,e que acabei transformando nessa "saga" bloguistica...rsrs.Como vc chegou agora não sabia ainda,querida.
É real,mas claro,um tanto glamourizada por uma mente sádica...rsrs
Obrigada por passar por lá.Bom fds,bjk
ah... mas eu estou certa de que sempre há um amanhã... sabe Keila, o professor que mais me marcou até hoje no curso foi o Marcos Roberto, de teoria política, e eu lembro bem de uma das aulas dele, quando eu reclamava da minha falta de esperança de um amanha que fosse diferente de hoje, e ouvindo isto ele falou: "é... é bem mais fácil não ter esperança". nossa, essa aula mexeu tanto comigo que eu pensei, repensei... e conclui que esperança é uma semente pra mudança, e mudança é sinonimo de suor, de luta, de tempo, de força...
ResponderExcluirPois para que se possa viver o amanhã, temos que caminhar hoje.... jamais pare... levante a cabeça e siga.... nem que para isso, tenhas que gastar muitas sola de sapato. Caminhe........ usando os pés!
ResponderExcluirE veja com atenção: com os pés pode-se sim, conquistar novos mundos!
Beijo
REALMENTE SÃO DECISÕES DIFÍCEIS DE TOMAR!
ResponderExcluirOR OU FICAR?
S]
ADORO SEU BLOG FLOR!
BEIJINHOS COLLORIDOS
Sempre terá um novo amanhã!!
ResponderExcluirVlw pela visita
Abraços
Eu tenho esperança.
ResponderExcluirPor Deus, que tenho!
Um beijo Keila!