Atitude do Pensar

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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Diferentes ou iguais


Qualquer temática que trabalhe a questão dos judeus - desde sua gênese -, instiga em mim grande curiosidade. Portanto, quando posso juntar o prazer pelos filmes, tendo a oportunidade de visualizar um roteiro que aborde este tema, sinto-me imensamente gratificada. Recentemente, tenho acompanhado a Mostra do diretor Otto Preminger. Me identificando com algumas, como o drama "Bom dia, tristeza" e me realizando com outras, como "Exodus". Otto Preminger é responsável por grandes clássicos do cinema, e pelo que percebi, seus filmes apresentam diversas temáticas que, inclusive, chegam a ser polêmicas. No entanto, foi em Exodus, drama épico de 1960 que o austriaco ganhou meu coração. Para inicio de conversa, o filme conta com a trilha sonora - ganhadora do oscar -, de Ernest Gold e a presença do astro Paul Newman. E mesmo sendo um longa de 208 minutos é impossível piscar os olhos no decorrer da apresentação. Inspirado no livro de Leon Uris, considerado um "best seller", Exodus relata a história sobre a resistência israelense pós 2ª guerra mundial, narrando a luta desses pela independência israelense. Em geral, teria dificuldades para descrever o que mais me agrada nesse tipo de filme: O fato de ser épico, sua trilha sonora, roteiro que retrata os judeus, Paul Newman... Mas não. Sei exatamente o que mais me encantou e tem me feito refletir até este instante. Surgiu em um dos diálogos entre Ari Ben Canaan (Paul Newman) e Kitty Fremont (Eva Marie Saint) quando Ari diz que todos somos diferentes, queremos ser diferentes e, portanto, também queremos ser respeitados pela diferença. Ao ouvir isso, Kitty retruca e diz que na realidade todos somos iguais, apenas não enxergamos isso. Ao vislumbrar essa questão no filme, tema trabalhado por tantas disciplinas das ciências humanas fiquei surpreendida, pois assim como Ari, acredito que somos parecidos, mas não iguais. Sendo assim, somos diferentes e gostamos de ser diferentes, ainda mais no mundo globalizado, da supervalorização da individualização, portanto, o cerne da questão é o respeito pelas diferenças, uma vez que todos somos diferentes. Tema que irei discorrer melhor no desenvolvimento do meu mestrado, ainda sinto a pergunta batendo na porta. Afinal, será que somos iguais ou diferentes?

5 comentários:

  1. Bom dia, querida amiga Keila.

    Adorei!!
    Acho que somos diferentes, e o respeito é um direito de todos. "A diferença está na personalidade".

    Acho que somos iguais na essência, e portanto, ninguém é superior ao outro.

    Feliz de quem se acha igual, e respeita as diferenças!

    Um grande abraço.
    Tenha uma linda semana, cheia de paz e realizações.

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  2. iguais na essência, diferentes na formação. até nascermos somos o espelho do outro, mas após o primeiro abrir dos olhos começa então a produçao de sentido, a expressão do corpo, a vivência das experiências, a liberdade dos tantos caminhos possíveis...

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  3. somos todos iguais...em nossas veias percorre exatamente o mesmo sangue e dentro de nossos peitos, bate exatamente o mesmo coração...


    um beijo com meu carinho de sempre,

    Bia

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  4. Olá Keila ,
    há um " dito " , não sei se de origem portuguesa que diz ... Viste uma ovelha , viste- as todas , vistes uma vaca estão todas vistas ...
    viste um homem , ne mesmo esse sabes se o viste bem .
    Acredito na diferença .
    Acredito , até , que só um ser já muito " crescido " , começa a não ter dentro dele mesmo diferenças , provocadas por si mesmo e pelo exterior .
    Um beijo

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  5. Querida Amapola, creio que o que você disse é muito pertinente, na essência, todos viemos do mesmo lugar, mas no decorrer da vida passamos por caminhos diferentes. Será que aqui encontra-se o cerne da questão?
    Bem provável.
    Abraços

    Débora, ainda gosto de pensar que mesmo durante a idade adulta ainda somos espelhos. Me faz lembra do filme Babel, pois retrata várias estórias em contextos diferentes, porém sempre haverá algo comum. Talvez a essência ainda esteja em nós.
    Bjus

    Bia, independente de igualdade ou diferença deveriamos no mínimo respeitar. Não é?
    Pena que no cotidiano isso não ocorre.
    Bju

    Maria,interessante o dito popular. E sinceramente, reconheço que não sabemos nos reconhecer enquanto humanos. Mas isso, eu acredito que é quebra da essência. Do pilar. Além do mais, o contexto deste século contribue cada vez mais para esta fuga.
    Beijo

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