
Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.
Traduzir-se uma parte
na outra parte
- que é uma questão
de vida ou morte -será arte?
Escolha linda a tua! Bela poesia! beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirMinha parte sempre foi solidão, estranheza, inconformismo, desde meus 18 anos percebi isso. Assim que me traduzo, me defino. E a(pífia) vida corre seu curso...
ResponderExcluirUma parte de mim é ilusão, outra realidade. Uma existe. A outra não sabe. rs
ResponderExcluirVivo brincando com esse poema do Gullar.
bacio
Feliz 2012
Saudades
Perfeito!
ResponderExcluirIsso é para constar que todos temos dois lados
As minhas duas partes ainda não se conhecem...
ResponderExcluirFalou tudo que eu sinto (ou sei lá se posso realmente dizer o que sinto, já que não consigo sentir nada na sua totalidade) neste momento.
ResponderExcluirNa verdade, esse episódio em que eu não sei aonde eu transito, faz com que meus surtos sejam frequentes!
"Froid"!
Beijos
Esse poema foi musicado, não sei se você sabe.
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