Atitude do Pensar

Atitude do Pensar

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Olhos nos olhos


Em menos de uma semana vi o ex duas vezes e falei com ele pessoalmente e por telefone.
Não fiquei triste, mas também não pude deixar de refletir, afinal, tem um coração batendo aqui dentro.
No primeiro encontro como já comentei, fomos praticamente indiferente, já no segundo, via telefone, ele foi o indiferente e olha que foi ele quem ligou.
Em seguida, ao passar pela rua dei de cara com ele.
Coube a mim ouvir muito Chico, Maria Bethania e Gal Costa o dia inteiro para lavar a alma...
Além de ter sido o namoro mais duradouro, este romance representa uma das duas divisões da minha vida.
E apesar de tantas idas e vindas, bons momentos ficaram marcados em minha memória.
Recordo-me de um desses términos onde tudo o que eu queria era não sentir a dor intensa em meu coração. A dor de estar longe era muito maior do que a dor de não poder ser quem sou (um dos nossos maiores conflitos).
Nesses términos, eu não possuia forças para viver ou querer viver, e portanto a vida e tudo que a representa não tinha sentido.
No entanto, após o penúltimo momento distante as coisas mudaram. Estava inundada de saudades por mim, isto era demasiadamente grande e sendo assim pude finalmente experimentar viver uma vida só e gostei.
Desde então as coisas mudaram e mesmo com o retorno não fui mais a mesma, ficando cada vez mais distante, cabendo a nós, somente nos afastar de vez.
Mas diante de tudo isso o coração registra e em certos momentos chama pelo seu nome.
Em outros momentos, quase sempre...
Sinto-me repleta de alegria por ter tido a coragem de viver além do que havia.
A música abaixo expressa um pouco disso:


Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.

Olhos Nos Olhos
Composição: Chico Buarque
(gosto especialmente na voz da Maria Bethania)

2 comentários:

  1. Muito interessante seu relato, Keila. Vc tinha saudades de ti. Por mais q temos nossa individualidade, creio q a perdemos,quando nos apaixonamos. Uma vez perguntei a um primo pq ele não tinha namorada, ele me respondeu: "Poxa, já é difícil eu me preocupar comigo, e ainda vou ter q me preocupar com outra pessoa" rs. Mas, pelo q pude entender do seu texto, vc, Keila, sente falta do seu ex, não?
    A mulher a qual tive um relacionamento mais duradouro foi minha ex-esposa. Tivemos muitas idas e vindas, muitas mesmo! E nunca senti falta dela, nunca!
    No entanto, dois anos apaixonado virtualmente, sinto falta quando minha amada está distante, e lembro com saudades os bons momentos q passamos juntos, mesmo sem nunca termos nos visto olhos nos olhos!

    Beijos

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  2. Nossa, sem nunca terem se encontrado pessoalmente?
    Estou surpresa!
    No meu caso a saudade diminui a cada instante e a ela articula-se a sensação de liberdade e as marcas ruins que restaram devido ao desgaste.
    Sabe como acaba ficando uma relação de idas e vindas infindas...

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