Atitude do Pensar

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Expectativas - parte 2


Já rascunhei alguns escritos sobre expectativa, mas novamente esta palavra está martelando minha mente.
Em minha rápida e simples pesquisa, percebi que o conceito de expectativa descrito por grande parte dos dicionários online, descrevem esta com a espera; esperar por algo, qualquer coisa.
No entanto, foi somente no último dicionário que vislumbrei a melhor definição: "esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades... Ansiedade, esperança...".
Bem, apesar de saber que em geral nossas expectivas estão muito mais próximas da primeira definição, simpatizei muito com esta última descrição.
Pois tenho chegado a seguinte conclusão: enquanto seres humanos, somos incoerentes até com nossas próprias expectivas, ou seja, elas não estão fundamentadas em promessas, mas naquilo que criamos.
Afinal, em geral, a esperança não vem da promessa do outro, mas do que o "eu" acredita "ver" e "espera" do outro.
Sucessivamente, surge algo que incomoda a todos: frustração.

Particularmente, detesto quando sou executora da criação desse tipo de expectativa e confesso que isso ocorre bem mais do que eu desejo e espero.
Sem perceber crio uma falsa imagem do outro, para em seguida esse outro ser desmistificado e eu me tornar temporariamente um ser frustrado.
Esse é um dos motivos de eu gostar da intimidade e me apegar a ela. Você conhece o outro e este te conhece, não há reservas, falsas expectativas.

Mas afinal, por que criamos expectativas falsas?
Estará ela relacionada a uma visão distorcida?
Ou será que está relacionado ao mundo irreal que criamos?
Será este mudo mais interessante do que o real, o agora?

Já comentei em outros posts que acredito ser impossível viver sem elas, pois são responsáveis por novas esperanças, novo fôlego de vida.
Contudo, como desafio temos o enfrentamento daquilo que não é conivente com a realidade.
Frear a fantasia negativa (não podemos perder a fantasia por completo, adoro um fantástico mundo de Bob, mas com moderação).
Apreciar o outro em sua singularidade. Ele pode sim nos surpreender, mas pelo o que ele é, e não pelo o que imaginamos que ele seja.

Você já se surpreendeu com você?
Eu sim.
Então, dessa mesma forma o outro pode nos surpreender para o bem e nos mostrar que a expectativa positiva tem seu lugar.

Bjus!!!!!

2 comentários:

  1. Um post complicado pra mim. Muito. Não estou podendo falar disso, né? Bjs

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  2. gostei muito ! consiguei entender cada palvra e a maneira que descreve da pra reflitir !

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