E viva a hipocrisia natalina!Encontrada aqui.
Ando meio borboleta e meio lagarta. Inundada de anseio por mudanças e desejo de raízes. Submersa em águas, mas a ponto de observar a luz que adentra esta manhã. Ontem chovia, meus pés encontravam-se alagados, quase paralisados. Hoje, logo acordei, e lá estava você, com seus braços abertos a me esperar. Seu sorriso sútil chamava-me à uma caminhada. Dispensei a carona e resolvi aceitar sua companhia. Ela me contou acerca de primaveras e verões. Mar, abraços e saudades. E foi assim, em cada palavra, você paulatinamente adentrava à atmosfera do dia. Irradiando luz, e me pedindo apenas para observá-lo, permitindo que o vento jogasse meus cabelos em meu rosto, alimentando-me com doses de alegria. Para comemorar nosso encontro, resolvi fazer coisas diferentes, permitir-me. Dei alimento à minha alma, e o sabor é agridoce. Fiz mais, alimentei meus ouvidos. E o som, lateja aqui dentro. Agora, há o seu calor e a voz dele.
Quanto mais rápido é o ritmo, pior poderá ser o estrago. Seguindo essa lógica, meu coração empenha-se em afastar-se de expectativas. No entanto, são essas mesmas expectativas que nos impulsionam a viver, são elas que nos locomovem em todas as esferas do que denominamos vida.
Ser humano. Catástrofes. Forças midiáticas. Espécie. Atrocidades. Covardia. Tirania. Conterrâneos. Ditadura. Desigualdade. Sanguessuga. Família. Sanguinário. Euforia. Oprimidos. Sociedade. Coletivo. Apartheid. Bomba atômica. Humilhação. Extermínio. Nazismo. Fragilidade. Vulnerabilidade. Préconceito. Assassinato. Imposição. Animais. Irracionais. Humano. Soberania. Estimação. Infância. Pedofilia. Mulher. Violência. Espaço. Individualismo. Racional? Descartável?
Com os filósofos gregos, descobrimos que as indagações e a busca por respostas fazem parte do contexto humano, isto é, compreendemos que é um dos traços mais marcantes da natureza humana.