Certa vez falei aqui do tamanho do meu gosto pelo diverso; o peculiar.
Pessoas diferentes, culturas diferentes. Não importa.
Inclusive, sempre me senti à margem da sociedade e com muita dificuldade de ser parte de alguma coisa. Daí minha inserção nesse universo de pessoas peculiares, pessoas marcadas pela exclusão.
Porém, quando criança foram os amigos imaginários e os livros que me deram força.
Mas houve um momento em que encontrei uma galera da qual finalmente me senti parte e inserida naquele contexto, me identificando com seus dilemas e seus quereres.
Bem, nas relações sociais íntimas, percebemos que nem tudo que se diz é verdade, e passamos a enxergar o outro como ele realmente é, não como se diz.
Com isso, descobri que ali habitava uma das maiores hipocrisias, não aguentei e parti para outra.
Mas o diverso e o peculiar continuam me interessando, acredito que por representar uma verdade que habita nosso ser e um outro mundo que não conhecemos.
Talvez não seja o diverso, mas às exceções. Aqueles que ainda preservam seu ser e o apresenta sem falsos pudores.
Sobre isso, tenho refletido muito no decorrer da última semana, porém num contexto diferente. Onde o padrão torna-se diverso.
Ok, vou explicar.
Em muitos momentos, mantemos nossos esforços no intuito de conquistar respeito por possuir gosto diferente e sucessivamente, de certa forma, ser diferente em outros aspectos, mas infelizmente acabamos nos limitando à eles. E defendemos um discurso elitizado e preconceituoso (quantos não são os momentos em que me encontro aqui).
Um exemplo, detesto axé, mas quem me diz que mesmo não gostando, não poderei sentar em um lugar que toca axé, para simplesmente trocar ideia com amigos que gostam.
Acredito que, o foco é a relação e não o que eu gosto.
Lógico que grande parte das relações nascem da identificação, mas estas podem ser referentes a outras coisas.Pois afinal, o que diz mais sobre mim, meus gostos ou minhas relações?
Ambos?
Particularmente, falo isso diante da minha própria dificuldade em relação a esse tema, lembro-me da festa de final de ano da empresa, onde a maioria se divertiu por estar juntos e eu fui embora pois não queria ouvir sertanejo.
Sendo assim, reconheço minha limitação e a necessidade que tenho em ter cuidado em defender uma ideologia contra a exclusão, mas acabar por efetivá-la em minhas ações.
Lembro dos meus colegas de faculdade, que em comum, temos nosso gosto pelos butecos e pelo curso, fora isso, mais nada. Por que não reunir todos em um local que irá tocar de tudo?Não sou obrigada a nada, posso encontrá-los em outra situação, mas e quando não há outras situações?
E por mais que em determinadas situações se trate de relações efêmeras, por que não respeitar o diverso, articulando o meu e o dele?
Enfim, ambos somos diversos...
Te entendo. Vc fez bem em não ficar com seus colegas da empresa. Eu faria a mesma coisa, pois odeio música sertaneja. rs
ResponderExcluirAbraços
Olá. Tudo blz? Estive aqui. Gostei. Muit legal. Apareça po rla. Abraços.
ResponderExcluirPuxa, que post precioso. Adoro a forma como você caminha pelo seu próprio pensar e agir. Inspira, sabe? "Acredito que, o foco é a relação e não o que eu gosto"...tenho tentado pautar meu agir nessa idéia faz um tempo e tem me dado muita alegria ;)
ResponderExcluireu te entendo tanto…muitas vezes deixei de ficar num local por causa da musica…rs
ResponderExcluirainda lembro de um Natal na empresa do meu ex marido em que me assustei que amigos meus gostassem tanto de escutar Leandro e Leonardo...
Dá pra entender bem como te sentes.
ResponderExcluirEu já estpu numa fase da vida que falem quem quiser falar, não faço mais NADA do que não gosto...Pode ser egoísmo? Pode! mas é hpora de pensar em mim.
MNão suporto mais festas, reuniões chatas, toda empetecadas, cheias de falsidades e frewscuras. Não adianta me convidar, NÃO VOU!
Se depender disso pra eu ter amigos, fico sem( aí mostra quem realmente o é)...
bem, fiz um jornal aqui...beijos,chica
Gostei muito do seu post! Me identifiquei com ele. No entanto eu fico em qualquer lugar que tenha músicas que não gosto se tiver pessoas que gosto. Pessoas que gosto sempre estão acima de qualquer coisa, parece que sempre faz valer a pena o encontro.
ResponderExcluirNo mais, sempre gostei do peculiar. Não sei se isso é bom ou ruim... rs
Beijocas
"Enfim, ambos somos diversos..."
ResponderExcluirNa verdade, menina Keila, todos nos somos diversos em nós mesmos e nos outros... afinal, somos únicos. E, por este motivo, somos tão preciosos!
Fantástico seu post!
Meu carinho!
http://pequenocaminho.blogspot.com
As vezes me sinto assim também... Meio deslocada de certos ambientes. Mas sabe que eu acho que sou até uma pessoa que me adapto facilmente ao ambiente que estou, no momento que estou... Acho que a vida passa muito rápido pra gente ficar se ligando em detalhes tão pequenos... Isso não quer dizer de jeito nenhum que tenhamos que nos anular e sim sermos mais adaptáveis...rs
ResponderExcluirBeijos
Ani
Seguindo seu blog adorei o seu cantinho bjos e boa semana p/ ti !!!
ResponderExcluirhttp://jhdocemel.blogspot.com/
Boa tarde, querida amiga Keila.
ResponderExcluirAdorei!!
Realmente, haja paciência, para ouvir música ruim.
Mas como você mesma disse, o foco é mais importante.
As relações são os seus coadjuvantes, e mesmo que o pano de fundo não lhe agrade, fechar as cortinas dessa peça, pode privá-la do show, que poderia estar no último ato.
Gosto muito dos ditos populares.
Minha mãe sempre dizia: "Por causa dos Santos, adora-se pedras"
Um grande abraço.
Tenha uma linda semana de paz.
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(Eu li a sua entrevista, e amei. Apesar de já admirá-la antes).
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(Muito obrigada pelo comentário gentil.
Diversidade. Diferenças. Gostos. Opiniões.
ResponderExcluirE numa relação, ter de unir tudo para que se chegue a um denominador comum.
É brabo!
Beijo
Eu aprendi tanto depois que deixei de ser apenas eu e passei a ser o outro também... Acho que a vida é um cálculo matemático: a gente adiciona mais um e se divide em dois. rs
ResponderExcluirbacio
Olha, sempre é legal conhecermos pessoas que não condizem também com nossos gostos ou que venham a ter uma identificação unilateral...
ResponderExcluirAprendemos... Sempre...
Mas, pessoalmente, não consigo conviver muito tempo... Posso conversar, trocar emails, enviar mensagens, sair por determinados momentos, porém conviver diariamente (só se for no ambiente de trabalho), acredito não ser uma opção bem feita...
Respeito a todos, assim como sou respeitada, porém a "democracia" nem sempre irá vingar dos dois lados... Será que sempre iria respeitar meus gostos sem ter que escutar um comentário??? Até aí tudo bem, o problema é discutirmos sobre as preferências de cada um... Eu me coloco no lugar da pessoa; mas, será que essa pessoa se colocaria no meu lugar???
Então, gosto do diverso, mas não necessariamente para conviver comigo... Nesse caso, cada um no seu quadrado... Até porque, por mais que eu seja despojada, até converso com todos ao meu redor, participo de reuniões e tal, porém, muitas vezes, eu sou considerada a anti social...
Assim, pelo meu próprio bem (até porque faço por mim e não pelos outros), prefiro, ficar na minha toca, no meu quadrado, ou mesmo, estar com as pessoas que me façam ficar no meu natural!!!
Linda, Beijos!
obrigada pelo carinho.. bjokas! (:
ResponderExcluirGosto e opção é sempre algo complicado em grupos heterogenios. Apesar de apoiar a diversidade, às vezes me flagro com comentários e comportamentos preconceituosos contra o que não considero bom, rs.
ResponderExcluirBju!
Entendo completamente. Às vezes procuramos tanto de nós mesmo nos outros, como se fosse um porto, mas não vamos encontrar, pois como tu diz somos diversos, cada um a sua maneira, pontos parecidos, não idênticos. Beijo na alma!
ResponderExcluirAntes de mais aproveito para te feloicitar pelo belo post. Depois, com respeito ao te ajudar a fim de ter conhecimento sobre o continente africano, principalmente tenho conhecimento e bastante de Angola. Mas, vc pode ir á minha caixa de postes e encontra lá o títulos sobre esse grande País. É so escolher o que mais te agrada e ler. Ali tem muita informação reais sobre o que conheci durante os 14 anos que por lá vivi.
ResponderExcluirUm beijo.
Para qualquer ajuda aqui estou.
E-mail: kwachta@hotmail.com
Roderick, hoje gostaria de não ter ido embora, pois seria um momento de conhecê-los ainda melhor.
ResponderExcluirLu, estou inflando, inflando... Sabe o quanto seus elogios são importantes?? Sua escrita é inspiração.
Tenho me esforçado nas relações, mas eita coisa difícil. Porém, ninguém disse que seria fácil, né!?
Long Haired, um bom exemplo o seu, você convivia com pessoas bacanas que te surpreederam com seus gostos, mas ainda assim permaneceram sendo que são.
Chica, te entendo. Chega um momento da vida que isso se torna necessário.
Mas você é um amor, difícil não gostar.
Dama, gostar do peculiar é algo bom, pois aprendemos com mais facilidade a respeitar às diferenças.
Está vendo, preciso aprender. Mesmo com sua criticidade consegue fazer o que eu tenho dificuldades.
Um beijo
Audrey, sumida! Já estava preocupada.
Concordo com o que disse, difícil é encontrar pessoas que pensem dessa forma, e principal que sejam capazes de efetivar.
Abraços de saudades
Ani, eu sou contraditória. Há momentos em que devido a necessidade, me adapto facilmente. Porém, depende da mudança, sua motivação versos a necessidade. Analiso isso e daí verificado se realmente devo me adaptar.
Mas há casos em que mesmo necessário tenho dificuldades, penso que isso é uma dificuldade da humanidade. O medo do novo.
Júh, obrigada pela visita. Assim que possível voi lá.
Querida Amapola, há autores que dizem que, são as relações sociais que influenciam em todo o resto. Penso que há grande verdade nisso. O quanto elas nos são importantes, memso enquanto indivíduos.
Um beijo e um abraço
Blue, saudades.
O problema será em encontrar um denominador comum? Será ele o respeito?
Abraços saudosos
Thiago, obrigada por estar aqui. Em breve dou uma ida por lá...
Lu, com você até a diversidade vira poesia. Às vezes é melhor somar que subtrair, mas também a subtração pode ser necessária.
Suzi, tudo demais enche...rsrs
Por isso gosto tanto de estar só.
Temos que aprender a nos colocar frente a necessidade de ser ímpar, par e coletivo, lembrando sempre que o coletivo é diversificado.
Um beijo
Olá Tarsila, obrigada pela visita.
Thel, bem vinda ao meu mundo. Este local de discursos que nem sempre são condizentes, mas me esforço por efetivá-los...rsrs
Bj
Mais amor, eis algo que me instiga a curiosidade, como memso possuindo anseio em nos enxergar no outro, somos tãi individualistas...
Bj
José, como disse, estarei acompanhando com o maior prazer e quando necessário enviarei e-mail.
Um beijo