Atitude do Pensar

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Novos devaneios



AS MÚSICAS QUE ME CONQUISTAM (E VICIAM)

Certa vez, falando sobre o ser intensa, comentei que ouço a mesma música repetidamente.
E isso é exatamente o que tem ocorrido desde que me apropriei das músicas da Adele.
Cada semana uma me escolhe, e fica lá martelando meus ouvidos e sensações.
Semana passada não conseguia parar de ouvir "Hometown Glory".
Já nessa semana, fui conquistada por Daydreamer e o seu emblemático "Sonhador Acordado". Identificação com o personagem?
É claro!!!

SONHADOR ACORDADO

Sonhador acordado, sentado no banco, absorvendo o sol.
Ele é um amante verdadeiro, inventando o passado e
tateando sua garota como se nunca tivesse sentido sua silueta antes.
De cair o queixo, ele é bonito.
Enquanto anda é o assunto da conversa deles.
Ele seria difícil de ser perseguido mas bom de pegar,
e ele poderia mudar o mundo com suas mãos atrás das costas.

Você pode encontrá-lo sentado no degrau de sua porta,
esperando pela sua surpresa e parecerá que ele estará lá por horas,
e você pode dizer que ele estará lá pela vida toda.
Sonhador acordado com olhos que lhe fazem derreter.
Ele empresta seu casaco por abrigo porque ele está lá por você,
quando não devia estar.
Mas ele é sempre o mesmo.

Espera por você e enxerga através de você.
Não há jeito que eu poderia descreve-lo,
tudo o que digo é somente o que eu espero.

Mas eu vou encontrá-lo sentado no degrau de minha porta,
esperando pela surpresa.
E parecerá que ele estará lá por horas.
E eu posso dizer, ele estará lá para a vida.

[Tradução da música Daydreamer]

INDIFERENÇA

Essa palavra tem martelado minha cabeça, e a dor tem sido forte, contínua e aguda.
Érico Veríssimo acredita que, "o oposto do amor não é o ódio, mas a indiferença."
Nesse sentido, concordo com ele.
Porém, percebo que em muitos momentos a indiferença faz-se necessária, como quando PRECISAMOS partir para outra realidade (observem que não escrevi esquecer determinada situação ou pessoa).
E se assim fosse, seria muito bem vinda.
Contudo, sou daquelas que gosta de fechar o cíclo das coisas.
Portas e janelas abertas sim, mas há certas coisas que não devem continuar presa a nós, e muito menos nós a elas.
Dentro desse universo de necessidade de fechar ciclos, amor antigo e nova realidade, a indiferença tem criado tumultos em mim.
Gritos que não são ouvidos de fora, mas que estão em cada célula da pessoa que vos fala pertubam meu ser.
Gritos de indiferença.
A indiferença de não ter mais a presença do bêbado da madrugada.
A indiferença de não ser mais o fantasma de alguém.
A indiferença de não ter e-mails respondidos.
A indiferença de não ser convidada para o aniversário.
A indiferença de...
Ainda amar e não saber se sou amada.
Perceberam que quem está sendo indiferente nessa situação não sou eu, não é!?
Nesse sentido, ser indiferente é pior do que serem indiferente a você?!
Para mim não.
Quando há a presença da indiferença, deixo de ser eu - como falei no post passado -, mas ser a pessoa que padece da indiferença também causa dores por aqui.
E no fundo, uma saudade.
Dele?
Não.
Do meu bom humor. Do meu sarcásmo. Do ânimo pela vida.
Pelas coisas que me representam.
Pelo que me torna mais eu.
Aqui dentro - meu refúgio -, um pesar.
Uma sensação de morte.
Um querer gritar, mas não mais poder.

9 comentários:

  1. Boa tarde, querida amiga Keila.

    Lindas postagens!!
    Sobre música, eu também ouço várias vezes uma, até a exaustão. Depois de algum intervalo, vou em outra...

    A indiferença por nós mesmas, parece ser a pior. É a falta de motivação. Chegamos a ter saudade de nós... Do nosso entusiasmo com a vida.

    Que o manto sagrado a proteja hoje e sempre.
    Que a luz divina ilumine seu coração, trazendo-lhe alegria e paz.

    Um grande abraço.

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  2. Oi Keila, não conheço a Adele. Não estou conseguindo abrir o vídeo.

    Sobre a indiferença, costumo sentir como vc tem se sentido.
    Concordo tb com sua saudade; às vezes me sinto assim... Ando igualmente indiferente, indiferente no geral... apático...

    Abraços

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  3. Não sei o que é pior, se é se sentir indiferente o mundo, ou sentir a indirferença de alguém que gostamos. Mas acho que a indiferença de quem a gente gosta doi mais... Já senti isso algumas vezes e não quero de novo... rs

    Beijocas

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  4. Keila ,
    para mim o contrário do amor jamais será o ódio , mas sim o desamor .
    Quando se sai de um sentimento forte não há forças para um outro forte como o ódio . E mais , não considero que este leve a parte alguma .
    A indiferença , se fôr natural , também não pode ser o contrário de qualquer sentir . A infiferença não é . Daí magoar tanto ... o não ser é terrivel .

    Beijo

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  5. Nossa, me identifiquei tanto com vc e com seu post que meus olhos até ficaram ardendo com a vontade de chorar... rs

    Eu sofro de dois males, sou indiferente com a mesma pessoa que é indiferente comigo. Desde sempre só consigo fechar um ciclo de um antigo amor quando me fecho completamente para a pessoa, então a indiferença é para mim um mal necessário. Dói ser indiferente, e dói mais ainda sentir a indiferença de outra pessoa. Eu sei tanto que a indiferença é destrutiva que tentei não ser indiferente, e adivinha? Eu só me machuquei. Por opção eu não seria indiferente, independente da maneira como a outra pessoa decidisse agir comigo, o problema é que esse é o único escudo que sei usar para me proteger dos outros e de mim mesma.

    Sobre a música: É linda, vou procurar ouvir mais canções desta cantora.

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  6. Adele apaixona, aprisiona mesmo. lembra antigas divas do jazz, penso.

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  7. http://www.youtube.com/watch?v=rYEDA3JcQqw fiquei cantando isso ontem no elevador.

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  8. Amapola,
    somos sentimentos e, portanto o sentir que a música gera em nós deve ser intenso e vivido, não é? Enquanto ela falar ao nosso coração deve ser ouvida.
    É verdade, eis a pior indifereça - a pelo eu.
    Já senti saudades de mim, mas no momento não percebi que estava sendo indiferente a mim.
    Obrigada querida.
    Os desejos daqui são recíprocos.

    Caro Roderick, dê uma olhada no youtube; vale a pena.
    Essa indiferença cansa. Que passe.
    Tenho me esforçado por lutar contra a apatia. O retorno ao kickboxing é um dos passos.
    Sair de casa também, como ir ao cinema no palácios das artes, nos centros de culturas espalhados por BH, mas meu desejo é casa, casa...rsrs
    Abraços

    Aiaiai, Dama. Por esse motivo as noites tem sido mais longas...
    Beijin

    Maria, muito interessante sua ideia de: sair de um sentimento forte não havendo forças para outro sentimento forte. Estou cá pensando com meus botões sobre isso...
    Bju

    Thel, tenho um discurso: Sinto a qualquer custo. Prefiro não deixar a dor para não abandonar meu ser. E por mais que eu possa tentar agir de formas que servirão de escudo, não consigo. Sou esse eterno sentir...rsrs
    Nossa, Adele é perfeita. Outra que gosto muito é a Duffy. Conhece?
    Beijo


    Lu, ela lembra mesmo. Interessante essa comparação com as divas do Jazz, pois desde a semana passada o que ouço é ela e um CD de Jazz cantado somente por mulheres "Jazz Divas". Perfeito!!!

    Cris, sempre estou conhecendo um som novo, mas gosto de carregar as músicas que mais me tocam e, portanto, em geral, são as mesmas, ou então as músicas da semana...rsrs
    Eis o meu medo: auto destruição. Espero que não, tenho lutado contra isso.

    Andressa, essa música está tocando todos os dias na oi fm, ouço-a diariamente...rsrs
    O swing dela é perfeito!!!

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