Há certas lições que são necessárias durante toda nossa existência, pois há pessoas que irão nos magoar continuamente, pelo simples fato de serem humanas. Mas diante desse conhecimento, o que fazer perante as piores características humanas?
Bem, sempre esperei o melhor das pessoas, e por mais que eu quebre a cara e, fique momentaneamente com reservas, acabo dando novas oportunidades para as relações - nesse caso, refiro-me às amizades.
Possuo um ar inocente - como a confiança depositada pela criança nos adultos -, não sou capaz de enxergar o mal nessas relações, e exatamente por isso, as pessoas são capazes de magoar-me muito.
Aliás, enxergar todos os contornos de algo/alguém/situação, é muito característico da minha natureza. Porém, há momentos em que a dor desempenha o papel de educadora, esforçando-se por ensinar-me a agir diferente. Contudo, somente ao pensar na dor que surgirá ao agredir o meu ser, em busca dessa mudança, fico impedida de ir adiante. Nesse sentido, reflito se realmente devemos deixar de ser quem somos, para nos adaptar frente a essa luta denomidada relações sociais.
Não desejo perder essa inocência, mas preciso resguardar-me. Afinal, também não quero deixar de acreditar no paradoxo humano. E por mais que as dores causadas por este, sejam inúmeras, eles ainda são capazes de nos surpreender para o bem.
Hoje entre essas duas citações, pois o dia está cinzento e as folhas marrons, nessa manhã de inverno...
"Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?"
"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece..."
[nem tudo é tristeza, ainda mantenho-me acordada para as alegrias que podem nascer de um sorvete de limão, um treino de box, o ronronar de uma gata, uma amiga preocupada com minha sensibilidade, e o novo que há em cada dia, mesmo que esse seja em formato de uma nova música sussurrada em meus ouvidos. Além disso, adoro as manhãs de inverno]
"E o amor em vez de dar, exige."Grande verdade, parece que mais e mais o amor vem esfriando e só cumpre conveniências...
ResponderExcluirHumanos, o problema do mundo são eles.
Um beijo!
http://zapatariabr.blogspot.com
Esse banho frio resfria os olhos.
ResponderExcluirSeja uma pele quente ou ressecada.
Me surpreendo com as pessoas,
uns se esbarrando outros pedindo licença.
Por vezes, numa direção distante
agradeço o embaraço da vida. Estou livre
,vivo pelo mundo afora.
Cruzo os braços e durmo
feliz comigo.
No frio do inverno aproximo-me.
bjao
Podemos até chorar, mas a alegria vem de manhã. Belas palavras minha querida, ainda que doloridas.
ResponderExcluirBisous. Au revoir :)
As pessoas nunca serão como queremos, elas possuem seu próprio livre arbítrio e as vezes fazem dele, péssimo uso, até como arma, contra ela e nós. No caso, penso a vida assim, cheia vida e morte, dor e alegria, e quase sempre somos livres pra viver o que queremos, bem, eu acabei por lembrar da frase do Che ""Há que endurecer-se, mas sem jamais perder a ternura". Tchau!
ResponderExcluirBoa tarde!Primeira vez que venho aqui.Lindo e verdadeiro seu texto, eu confesso que de tanto levar na cara hoje eu desconfio, desconfio se uduvidar até da mniha sombra,sempre fico com o pé atrás, e quer saber?Isso é péssimo,me tornei insegura e deconfiada demais.As pessoas que merecem realmente a nossa confiança são poucas.E temos uqe perder a mania de querer do outro mais do que ele pode nos oferecer, temos que cirar menos expectativas e aceitar o outro com todos seus defeitos e qualidades,afinal todos somos humanos.Fácil?Não é,mas precisamos tentar.
ResponderExcluirBeijosss
Nossa,cheguei a última linha respirando fundo. Sim, as pessoas andam mortas por aí e apegadas a falsas sensações e mentem jurando dizer a verdade. Elas me cansam. Mas quando eu olho para a frente vejo o meu menino e a fé no humano se renova por alguns minutos. rs
ResponderExcluirbacio
Ps. Adorei seu comentário no cartas sem selo.
Ps2. Já postei o comentário que virou post. rs
É, menina, me vi um pouco nas suas palavras. Lidar com pessoas é sempre difícil porque cada um faz a sua escolha e nem sempre é para o bem. No entanto, não penso que agredindo a nossa “inocência” vamos impedir a mágoa ou tristeza que alguém venha nos causar. Não. Basta a agressão que vem do outro.
ResponderExcluirPermaneça com o seu coração aberto porque a “inocência” é a maior proteção. A vida é espelho. Esteja sempre de coração aberto e nunca perca sua capacidade de se indignar porque é isso que nos faz sensível a ponto de dar outras chances.
Meu carinho!
http://pequenocaminho.blogspot.com
tem pessoas que nos magoam e depois nos surpreendem, tem pessoas que nem chegaram a viver, tem dias assim cinzentos, mas por tras das nuvens está o sol, um dia ele se faz luz novamente!
ResponderExcluirbeijo!
É impressionante como as pessoas de pura alma se magoam fácil, isso dói, mas por mais que percebamos esse fato, a nossa natureza não muda!
ResponderExcluirAdorei seu espaço. Pegarei um banquinho e continuarei por aqui. =D
Mesmo na tristeza, sabemos e esperamos pela alegria...beijos,tudo de bom,chica
ResponderExcluirestações
ResponderExcluirdes
maio
um rio de pedras
que atormenta ornamenta
minha alma de lesma a mesma
a esmo estou só sem dó ou pó eu mesmo
desvario onde várias acácias
em silêncio sob uma chuva
miúda de maio
jazem
já não há
mais flores ou cores
entre os ramos pois é maio
um arrepio de frio um pio de pássaro
um espaço vazio entre um passo ao abismo
o istmo passado o ninho esfarrapado
o arame farpado do meu coração
a cor do céu em combustão
a flor-de-maio
é fria
caio
no labirinto
do poço onde sinto e ouço
estrias n'água minhas pálpebras
vazias estão as estrelas e são elas entre
os elos destes dédalos os halos
são tão belos nos cabelos
nos capins carmins
odor de jasmim
em mim
só
soletro
o nome árido
desventro o vento úmido
onde as letras são escarlates escritas
como um fio de lâmina explícita
a escorrer um rio que cresce
e ainda nem chegamos
a ver o arco-íris
em maio
é frio
e mais que
todos frios outonais
escuto omissos risos
dentro em mim solertes segredos
sentidos flertes urdidos nós de sais
e vais assim mesmo de soslaio
sem pedir teu perdão
pois não é maio
é abril
É o paradoxo humano sempre.
ResponderExcluirMas mesmo que isso faça com que eu esteja só, eu ainda prefiro ser eu mesma, sem mentiras, sem máscaras. Sim, creio que me reservo e às vezes até muito. Minha reserva se esvai apenas nos extremos da humanidade: as crianças e os idosos.
São seres especiais para mim, que te dão abertamente o que tem com a maior sinceridade possível. Mas como convivo mais com o intervalo entre eles, vou seguindo a estrada de tijolos amarelos, aguardando que ao final dela, haja algo bem melhor me aguardando.
Sim, as manhãs de inverno são melancólicas e ao mesmo tempo lindas.
Bisous!
Como eu te disse. Fico preocupada quando ficas triste. Tua sensibilidade é aguçada demais.
ResponderExcluirEu aguento muito de quem gosto e bem pouco dos que me são indiferente.
ResponderExcluirEntão geralmente as pessoas que gostam conseguem me magoar mais vezes, porque dou sempre uma segunda, uma terceira oportunidade.
Beijocas
O que vou dizer não serve nem um pouco de consolo: sou infeliz no jogo, no amor e com amizades(rs). Definitivamente, não me dou bem com as pessoas, salvo algumas exceções.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSua natureza faz com que os amigos que te amem, queiram te colocar em uma bolha de vidro, com receio do que as pessoas possam fazer contigo!!
ResponderExcluirConfesso que lendo seus textos, sinto isso em relação a ti!!!
Sou muito cuidadosa com as pessoas que eu amo... Gosto de proteger...
Beijos
Tenho essa sensação constantemente, Zapataria.
ResponderExcluirNão sei, André, viver em sociedade é quase impossível de ser livre...
Natalia, sabe essa palavra: A alegria vem pela amnhã me acompanha desde que sou pequena?!rsrs
Nicolau, em geral, minha crença nesse paradoxo humano serve como esperança e proteção, mas não seis e quero endurecer.
Olá, Flor de Lótus, concordo com você, esperamos muito do outro, mas sinceramente, em geral espero tanto o bem quanto o mal, mas mesmo assim quebro a cara, deve ser essa sensibilidade tamanha...hehe
Seja bem vinda, tá!?
Lu, demorei tanto para responder aos comentários q as coisas caminharam por aqui...mas me identifico com você em relação aos humanos...
Quero muito ir, mas pelo visto minhas viagens estão paralisadas.
Adorei o post!!!
Audrey, um dos desafios das relações sociais e se envolver sem se perder. Difícil, ams possível...
Maggie, para dias de sombras há os ipês!hehe
Miri, fique a vontade, adoro barcos, vou me juntar na viagem e conhecer sua habitação.
Chica, isso sempre...
Luiz, fiquei a admirar abril e maio, porém restou-me imaginar agosto...
Letícia, partilho tanto dessa sua colocação, mas confesso que há momentos em que a caminhada exige a presença de leões, espantalhos, homens de lata e não apenas sapatos vermelhos...
Heat, querida (sabe do tamanho disso, né...), fico feliz pelo seu cuidado e quando disse sobre a amiga era você. Uma das minhas alegrias desse universo da blog-esfera.
Dama, as pessoas que mais nos envolvemos são as que nos conhece. E de certa forma estão frente a nossa fragilidade, portanto sempre irão nos magoar mais. Porém, tenho essa mania de esperar o bem e o mal e, portanto, quando espero o bem, surge o mal...
Roderick, uma confissão: Tenho me sentindo uma pessoa mais sociável. Será sorte?hehe
Cris, amo animais, as vezes mais do que humanos (a Woody quem o diga), mas ainda consigo admirar os humanos (as vezes e alguns). Bju com e sem rima.hehe
Suzi, é estranho, pois mesmo me sentindo frágil ainda prefiro o crescimento que surge da troca social. Linda você, viu!