Estou com dificuldades em construir pontes entre o meu sentir e o meu dizer. Submersa ao desassossego teimo em sentir..."Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Os dias correm, mas não os acompanho. Lá fora, o céu está de um azul que leva-me a maio, e os ipês falam-me acerca de alegrias ainda não desfrutadas, desenhando risos, lágrimas e olhares. Reflito em palavras de desapego e permito que o som das almas cure a minha dor...mas ela teima em ficar agarrada às superfícies ásperas do meu ser. Fico a observar aqueles que nasceram para a alegria; seus risos encantam-me, mas o que fazer, se parte da minha felicidade está na forma de apreciar a beleza da tristeza... “Mas eu fico triste como um por de sol quando esfria no fundo da planície e se sente a noite entrada como uma borboleta pela janela”. Borboletas revelam-me essa construção contínua chamada vida. E essa mulher de várias manifestações e sentires... e quereres em forma de risos... e leituras de um abismo mais profundo do que qualquer vazio, permeado de cores e sons.
Keila, eu diria, aliás, direi que tu escreveste um texto em prosa poética; poesia destilada pela alma.
ResponderExcluirUm grande abraço. Tenhas um lindo dia.
e eu fico triste com o por da lua.
ResponderExcluiradoro seu gosto musical.
ResponderExcluirMe encanto com tua prosa e modo de ver as coisas.Lindo! beijos,chica
ResponderExcluireu sempre tive um sorriso para todas as horas, ele sempre vem fácil.
ResponderExcluirmas sofri tanto, chorei tanto, que no dia que não precisei mais chorar, vi que tinha me acostumado com a tristeza...
Menina KEILA, você me descreveu nessa sua prosa - em todos os sentidos!
ResponderExcluirLindo texto!
Meu carinho!
http://pequenocaminho.blogspot.com
"É claro que a vida é boa
ResponderExcluirE a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste..." já dizia Vinícius e eu que gosto de ser o que de belo dizem, me fiz assim. Daí escutei: "É melhor ser alegre
Que ser triste
Alegria é a melhor
Coisa que existe
É assim como a luz
No coração...
Mas prá fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza" e daí percebi que escrever era a forma de dar forma à minha tristeza.
Enfim, tudo isso pra dizer: você é linda.
Uma inquietação enorme fazia-me estremecer os gestos mínimos. Tive receio de endoidecer, não de loucura, mas de ali mesmo. O meu corpo era um grito latente. O meu coração batia como se falasse.
ResponderExcluirPassando para te visitar e lembrar que o blog agora está de cara nova, além de mim, Adriana, temos mais cincos autores em companheirismo no blog para escrevermos a vocês, é só procurar pelo nome ou foto das postagens do dia.
Lembrando que o sorteio de setembro, serão 16 livros, que já estão disponíveis no blog em "Parceiros" para vocês irem conhecendo o conteúdo.
Um beijo grande, e uma ótima semana, meu post de hoje está neste link, http://drisph.blogspot.com/2011/08/fechado-as-vezes-como-um-leque-ninguem.html#comments
Adriana.
Adorei!
ResponderExcluirTudo a ver! Adorei em especial, "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância".
ResponderExcluirBelo texto! Você escreve muito bem, me identifiquei com tua escrita *-* Seguindo, flor ♥
ResponderExcluirHi *-*'
ResponderExcluirBom, primeiramente gostaríamos de dizer que teu blog é um arraso. adoramos o layout, muito bom mesmo, sem contar nas postagens...
Estamos seguindo, oks?
Se puder retribui? http://allstargt.blogspot.com
Tem uns sorteios por lá te esperando! hihi
xoxo @gladimir_taii
Ando melancólica...
ResponderExcluirBeijos!
Pensamentos são mais rápidos que nossos passos.
ResponderExcluirBeijo
É minha cara, as vezes é preciso escrever para sentir menos num primeiro momento. Eu grito sempre com a tela, antes era com o papel. Mas tenho usado tão pouco o papel nesses úlitmos tempos. O problema é que as vezes a tela grita de volta e resta-me respirar fundo e espiar o mundo lá de fora, as vezes com desdém, as vezes com cuidado. rs
ResponderExcluirbacio
Ei, Dilmar, e como foi destilada pela alma.hehe
ResponderExcluirAndressa, percebi que nosso gosto é semelhante. Eu fico triste com a noite fria.
Chica, querida, obrigada.
Maggie, por aqui é bem próximo do seu relato.
Audrey, adoro esses espelhos.
Lu!!!!!!! Pensei em ti nesse fim de semana, em um encontro repleto de alegria, em cores fortes nascidas deste.
Olá, Adriana.
Obrigada, Dani.
Roderick, o Fernando Pessoa tem me encantado.
Obrigada, Danielle.
Obrigada, Gladimir e Tai.
Letícia, ando oscilando. Todas as sensações estão por aqui...
Blue, é verdade, as vezes preciso gravá-los, mas também são mais rápidos do que minhas palavras.hehe
Lu, eu grito sempre, em letras, em fala, em lágrimas, em sonoridades, em olhares. Mas também fico no silêncio, e há momentos em que ele grita por mim.
Não consegue estabelecer a equivalência entre o sentir e o dizer???
ResponderExcluirÉ o momento que te influencia assim... Nada é por acaso. Acredite!!!
A clareza vem aos poucos!!!
Beijão