Atitude do Pensar

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terça-feira, 7 de junho de 2011

Dos meus medos - Parte II





Tenho consciência dos meus medos e sabê-los, torna-me forte. Afinal, enquanto contradições também sou coragem, e enfrentá-los pode ser tanto um dilema, onde a dor se faz presente, quanto sabores inefáveis.

Nesse sentido, compreendo que sou assim, uma coragem arrebatadora ou um medo do singelo (são daquelas coisas mínimas que possuo medo em meu cotidiano). Mas há aqueles medos sociais que fazem parte do indivíduo que sou.

São medos maiores de quem eu sou.

São medos que permeiam o todo.

Medo das banalizações, dos extremos.

Medo da liquidez. Do individualismo negativo.

Medo de permitir que o sistema de consumo me envolva completamente.

Medo de duas palavras: Relativização e desnaturalização. Medo do mau uso delas para caracterizar algo, para legitimar posições. Medo de não saber até que ponto devemos relativizar. E até onde podemos desnaturalizar.

Tenho medo do pós tudo.

Medo de que seja necessário ordem.

Medo de sermos indignos da liberdade. Medo de jamais conquistá-la.

Medo de que a ideologia jamais ressuscite.

Medo de apenas existir, não sendo possível ser.

Medo de continuar sendo. Medo de impedir a metanóia. E como já disse por aqui, medo do medo.

18 comentários:

  1. faço das suas as minhas palavras. perfeito Keila!

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  2. Oi Keila,
    Ótimo seu texto. Também faço das suas.
    Uma verdade muito clara. MEDO do MEDO.
    Gostei.
    Abraços

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  3. Keila...

    Esse lindo texto reflete tb coragem,
    o medo aqui é apenas o sensivel,
    vontade de regenar a própia força.
    Vontade capaz de tomar a frente,humildade para alcançar..

    bjs

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  4. Lindo teu texto e quantas vezes nós temos esse medo de ter medo.Arrepiamos antes de acontecer...beijos,chica

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  5. Pra não ter medo do tudo
    Ter medo do pós tudo

    Realmente quem não possue nenhum medo é covarde
    Porque assim nunca vai conseguir encarar toda vida

    Abraços

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  6. Não são os medos normais que me incomodam. Esses que a gente racionaliza e vê que existe um motivo real para eles existirem.

    O que me incomoda em mim são as fobias, tem algumas torturantes, que me atrapalham bastante e que até hoje não descobri a raiz, qual o medo maior que elas escondem.

    Beijocas

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  7. Medos...Tantos...
    E no entando, apenas uma certeza: Ter que enfrentá-los... Todos!

    Texto que mere uma boa reflexão, afinal, por que a gente sente tanto medo... Nada que nos dê segurança...


    Bom passar por aqui..

    Beijos

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  8. Medo todos tem. Importante é querer enfrentar este desconhecido, que chamamos de medo.

    Beijo

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  9. medo de ter medo e mesmo mesmo da nosso medo de não ter medo, como nos alertava drummond em belo poema-elegia ao medo, de sorte que o medo em nós se faça coragem, audácia, picos de criação, tal que sejamos a rede de abertos nós cuidados e cultivos sem fim de nossas infinitas
    expressividades-asas, beijos, toques, escritas, invenções, divagações, sensações, libertações, até a linha do horizonte.

    b
    l
    ps. estive em bh até ontem.

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  10. Medo é um algo complicado, ao mesmo tempo em que é limitador natural que nos impede de ir além das nossas possibilidades. Eu tenho medo de pessoas. rs
    Parece absurdo, mas é verdade.

    bacio

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  11. Há muito eu havia perdido o meu medo da chuva, mas, de uns tempos pra cá , ele voltou.

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  12. eu aprendi a não ter medos depois que tive que aprender na marra a dor da saudade…

    fiquei com aqueles medos banais, de barata, de quebrar o pescoço, de espiritos…
    o medo da vida, o medo do medo, o medo subjeito, este eu perdi.

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  13. Keila,
    Sabe o que me lembrou? Chapeuzinho amarelo do Chico Buarque. É claro que não em conteúdo, mas sim pela repetição da palavra Medo. Na verdade muitas pessoas tem medo de si mesmas, mas você carrega um incrível (com toda a razão) medo do injusto. Lindo e envolvente. A propósito, muito obrigado pelos seus comentários. Fico eufórico toda a vez que recebo um. Abraços

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  14. O medo é um freio,
    e ao mesmo tempo um monstro
    e pode despertar calmo,
    agitado e feroz.

    Muito bom este texto.
    mostra os nossas fragilidades...
    beijo grande querida
    a verdade é incontestável,
    ate pq é verdade,
    pode ser relativa,
    podemos ter verdades diferentes.

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  15. Neste texto não encontrei medo , mas consciência do que é ser .

    Quanto a mim o único que me acompanhará até à morte ... pavor da estupidez.

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  16. Hmm... Disse a palavra que me apavora ultimamente!!!
    Estou em uma fase do medo rondando meus caminhos... Medo do novo... Receios do novo emprego, do curso de pós, da vida de solteira, de não encontrar um novo amor, medo de me relacionar novamente, enfim...
    Conduzo normalmente a minha vida... Mas, confesso que, ao invés de ficar com uma antena ligada, estou com duas... Será que conseguirei desligar o desconfiômetro, ao menos, um pouquinho (não totalmente, claro)???
    Não sei se as crises ainda continuam as mesmas (do meu probleminha e do seu probleminha), mas a essência cheira ao meu!!!

    Beijos!!!

    Obs: Esse final de semana (fui na sexta e voltei na terça), dei um pulo em Minas, mas fiquei aqui no sul mesmo, divisa com o RJ. Até pensei em ir para Ouro Preto, mas tive que voltar par fazer exame médico para começar na outra empresa!!! Porém, um pouco a frente, quando estiver mais segura no novo serviço, posso passar um final de semana por aí, em algum hostel!!! Te aviso!!!

    beijos!

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  17. Desculpem-me pela demora em responder...

    Débora, no momento, medo de que o medo não me permita dar um passo adiante.

    Luiz, já disse Lenine: Medo do medo.

    A. Luiz., falar de medo e falar de coragem, ambos atuam juntos, uma força oposta, mas que necessita do outro para existir.

    Linda, Chica. É incrível essa nossa capacidade de precentir algo né?! Esses arrepios que nos dizem tanto.

    Marcelo, repito o que eu disse ao A. Luiz, um não existe sem o outro. Mas quando digo pós tudo, é uma crítica ao pós moderno que representa a era pós tudo (ou não)...rsrs

    Dama, lembro de você ter comentado sobre esse medo das fobias e manias. Tanto que após sua primeira colocação tenho refletido muito sobre isso.

    Ava!!! Saudades!!! Enfrentar é necessário, mas difícil e doloroso...

    Blue, será que lembrar que todos o possuem ajuda? Penso que sim...mas olha, tenho um amigo que diz não ter...rsrs

    Luis, você esteve aqui, que delícia. Acho que quando veio estava frio, né...rsrs
    Sabe, às vezes gostaria de não ter medo, mas acho que o que mais preciso é enfretá-los, tenho muita dificuldade em relação a eles.

    Heat, são tantos e tão intensos, né...

    Lu, não é estranho e nem absurdo. Tenho meus medos em relação a pessoas também. E é um medo antigo...

    Roderick, não tenho medo da chuva, tenho medo das posições políticas, principalmente no que se refere a política urbana em relação às chuvas.

    Cris, adoro quando me chamas de Keilinha, me sinto tão doce...rsrs
    Compreendo tão bem seu medo de pessoas.
    Entendi o tutorial, mas quando estiver com mais tempo inicio.

    Long Haired, em geral não tenho esses medos que você disse ser banal, meu problema são os descritos acima.

    Peterson, tive que ir lá ouvir para lembrar da letra. Sabe que não tinha pensado sobre o medo de mim mesma, mas de certa forma o medo do medo revela isso...

    Nina, o medo não é algo alheio a nós, pertence ao nosso eu, portanto cada um tem o seu formato de medo, repleto de seu próprio contorno. Sendo assim, ele pode ter várias faces.
    Concordo com sua posição em relação a verdade!

    Maria, mas tem sim...E muito!rsrs
    Também tenho medo da estupidez.

    Suzi, mudanças sempre surgem com a presença do medo. Mas você está enfrentado-os. Vou te confessar: Ando com medo de não amar novamente. Putz, isso tem me feito mal.
    Se vier me avisa mesmo.

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