Recentemente, tenho tido o prazer de participar gratuitamente de um curso de extensão que aborda a psicopatologia.
O curso destina-se principalmente aos psiquiatras e psicólogos em formação - público em grande maioria.
Contando com palestrantes psiquiatras e psicólogos que desenvolveram seu mestrado e doutorado em filosofia, por meio deles tenho observado uma outra forma de abordar a saúde mental.
Forma esta que se apresenta muito mais do social - trabalhado tanto pelos assistente sociais e sociólogos -, do que da própria psique.
Nesse sentido, estes, até o momento, interagiram o social com a phatos - palavra grega que possue vários significados, entre eles, dois conceitos bastante diferentes: o passional, a paixão a passividade; e o patológico, a doença, presente no diagnóstico médico.
O curso destina-se principalmente aos psiquiatras e psicólogos em formação - público em grande maioria.
Contando com palestrantes psiquiatras e psicólogos que desenvolveram seu mestrado e doutorado em filosofia, por meio deles tenho observado uma outra forma de abordar a saúde mental.
Forma esta que se apresenta muito mais do social - trabalhado tanto pelos assistente sociais e sociólogos -, do que da própria psique.
Nesse sentido, estes, até o momento, interagiram o social com a phatos - palavra grega que possue vários significados, entre eles, dois conceitos bastante diferentes: o passional, a paixão a passividade; e o patológico, a doença, presente no diagnóstico médico.
No entanto, meu interesse aqui não é discorrer sobre o todo que tenho visto, até porque, por mais que goste do tema, não sou profissional nessa área e, portanto, não possuo qualificação científica para apresentar algo de cunho epistêmico.
Mas, como últimamente tenho postado muito sobre minha preferência em sentir. Sangrar. Compartilho o que constatei em ambos os preletores - até agora dois.
Ambos psiquiatras e defensores da psicopatologia, questionam a fulga da humanidade em sentir. E argumentam que, o não sentir é deixar de ser. Ou seja, os remédios utilizados em tratamento psiquiatrico podem nos permitir o não sentir - desespero e dor. Contudo, isso pode ter efeitos devastadores nos deixando ocos, vazios, afastando outros sentires, nos distanciando de nosso próprio ser.
Ouvir isso, trouxe-me alívio e tensão. Alívio, por já defender essa tese. E tensão, em pensar que a grande maioria de nós foge por meio de remédios e outros artifícios. Além disso, temos péssimos profissionais atuando nessas área, que impossibilitam o indivíduo de uma oportunidade diferente.
Habitando o contexto que paradoxalmente nos afasta do auto-conhecimento verdadeiro e que ao mesmo tempo prega a individualidade que, mais se aproxima de uma individualidade de consumo, gostaria de saber qual é o nosso futuro enquanto humanos que não podem sentir e que devem se apresentar ocos, heróicos e não de carne, osso e coração...
O que tenho percebido é que as pessoas preferem não sentir e acho que de alguma forma são instigadas a isso. Não que percebam isso. É tudo no automático. Não sentir é melhor. Eu não acho. Eu sinto tudo, absolutamente tudo. Se tiver que doer vai doer e eu vou sentir, vou sobreviver e vou aprender com isso.
ResponderExcluirUma mãe diz para seu filho "não chore" e eu penso "pq não?" o que há de errado com isso. Chorar lava de dentro pra fora, expõe o que há lá dentro.
Outra mãe diz "não ame pra não sofrer" - mas que raio de conselho é esse? Ame sim, ame com tudo e se tiver que sofre, sofra. Sinta-se vivo e saiba que as melhores coisas da vida vieram daí, do sofrer, do amar, do existir. É nossa melhor condição, negá-la é o mesmo que negar a existência.
Amei seu post. rs
bacio
não sou masoquista, mas também faço parte do clube "tem que sentir até o fim".
ResponderExcluirmas existe um momento que prefiro fugir, me afasto, nem quero saber de nada…e nessas horas em sinto assim, vazia…e tenho medo.
e pq não esvair até a última gota...
ResponderExcluirsddes daqui..
bjs...
Essa é uma area que pretendo fazer especialização
ResponderExcluiroi passei pra te avisar que tenho uma surpresinha pra vc o meu blog, etra lá e da uma conferida
ResponderExcluirbeijinhos colloridos
http://wwwparedescolloridas.blogspot.com/2011/04/vale-dica.html
compartilho do seu pensamento, e não sou a favor de medicações que anulem aquilo que é da pessoa. remédios, na minha concepção, devem ser usados no sentido da cura de algo que a mente e o corpo não podem alcançar sozinhos. mas a nossa era busca a padronização dos homens, a repressão das sensações. pessoas contidas. fico pensando que estamos de tal modo inseridos neste contexto que já não nos percebemos de fato em meio a tudo isso. é como se nos transformassemos em produto, cuja essencia se perde no caminho.
ResponderExcluirBom mesmo é sentir a alma leve e o palpitar do coração avisando que ta tudo certo. (Palloma T.)
ResponderExcluirisso é que realmente vale a pena!
Eu do tipo que senti tudo, sabe...
Até mesmo pqe eu odeeeio remedios, parece que algo está a controlar aquilo que deveria acontecer.
bom nesse quesito confesso ser meio leiga, mas baseado no que eu entendi, acho que um pouco de dor não faz mal a ninguém, Na parte física acho que sentir dor é péssimo, mas nem por isso devemos recorrer ao remédios na primeira dor de barriga que temos, ja na parte mental, a dor tem uma grande função acredito eu, pois a dor ou sofrimento, nos serve de aprendizado, de crescimento, cada um deve saber lidar com essa dor, e com certeza se a pessoa encontrar o caminho certo para isso, ela perceberá, que a dor foi algo bom, e que a fortaleceu, eu creio que nós só somos capazes de vencer algo, quando nos permitimos enfrenta-lo. ou seja temos que encara de frente todos os problemas, buscando ajuda sim, mas na maioria das vezes pensando por nós mesmos!
ResponderExcluirquanto ao novo modelo do seu blog queria dizer que eu amei, ele esta lindo agora! assim que der eu te mando e-mail, respondendo ta bem!
beijinhos colloridos
flor♥
Keila ,
ResponderExcluirjulgo que já todos nós passamos por momentos de sofrimento terriveis , sobretudo quando há perdas .
Mas se já estivermos suficientemente lúcidos e fortes a nivel emocional , sabemos que se conseguirmos tratar aquele " doi " sem quimicos . Olhando - o pacientemente e até com um certo amor , de frente .
A luta pode ser dura e sair - se com algumas cicatrizes , mas subiu - se mais um degrau .
Um beijo
Assunto complicado. Se tomamos um remédio para aliviar a dor, é para não sentir.
ResponderExcluirE com isso, será que todos estes "remédios" que temos hoje em dia, não nos fazem sentir este vazio de que escreves?
Beijo
oi flor!
ResponderExcluirqu lindo seu blog!!!
m.a.r.a
gostei d+!
já estou te seguindo me siga:
http://midreams-lulita.blogspot.com/
e o outro mais divertido:http://lulitaglaxinha.blogspot.com/
só que o lulita*glaxinha esta em periodo de reforma!!
rsrsrs
espero que goste e não deixe de deixar o comentario!!
Eu tomo alguns remédios para deixar de sentir... rs... Mas sinceramente, o que sinto não me faz crescer em nada, apenas me paralisa. É certo que o efeito colateral dessas drogas é um certo embotamente emocional, mas daí vem a importância da dose...
ResponderExcluirBeijocas
Se há algo que detesto com todas as minhas forças, é quando escrevo algo e ele se apaga. Bem, foi isso que aconteceu quase que nesse instante. Eu havia respondido um por um, mas essa minha eterna luta com o computador permanece.
ResponderExcluirPortanto, já que ele engoliu o que estava descrito, vou fazer um resumão.
Primeiramente, agradeço a todos pelos comentários.
Agradeço também pelas novas visitas e aos que encontram-se já tão intimos.
Bem, a questão não é que eu não seja a favor do uso de medicação - eu mesma já fiz tratamento com psiquiatra, fui medicada e até hoje alguns problemas não foram resolvidos -, não sou a favor é da super valorização que se coloca nelas.
A forma de atuação e qualificação dos profissionais - muitos nem olham para você e vão logo te medicando -, que agem sem ética e preparo nenhum.
Está claro que existe outras metodologias de tratamento e , é de importância que estes profissionais estejam a par disso, esta responsabilidade é mais deles do que nossa.
No meu caso, há momentos em que eu tento ignorar o sentir e até gostaria que ele fosse embora, mas tanto o medo quanto a dor em não sentir são exorbitantes, ao ponto de me impedir da fuga.
Bjocas,
K.