O relógio bate insistindo no tempo.
Ele é o único que está aqui dentro - o tempo.
Olho para as portas e janelas e estas ainda encontram-se abertas, mas você não chega.
As teias de aranha me lembram que o tempo escorre. Passa. Esvai-se.
A pigmentação gasta das portas e das janelas mostram que a esperança está desgastada.
Mas este mesmo tempo já não é mais contabilizado.
Pois a tanto que te espero.
Certa vez pensei ter encontrado-te nos olhos de um transeunte, mas não o era.
Quero tanto que entres e chegues sem reserva, que as vezes sinto que o tamanho do querer é que o impede.
Da janela vejo o tempo. Ele também está lá fora. Nas nuvens que passam. No sol que nasce e se põe. No céu e suas estrelas. No sol que me aquece no lugar do teu abraço.
Eu te espero.
E te quero.
Por favor, entre.
sou de familia pequena, meu pai morreu muito cedo, ficamos só eu e minha mãe, assim tenho pavor de muita gente na mesa…rs
ResponderExcluirprefiro ficar só, ter liberdade de fazer o que quero!
…ou queremos...
lindas palavras, as vezes precisamos de alguém, e em outras vezes precisamos mesmo é de ninguém.
ResponderExcluirmas quem somos nós sozinhos?!
beijinhos colloridos
Eu gosto de casa cheia, sons de talheres, risos e diálogos amenos. Mas as vezes, quero silêncio e o tremular das cortinas. rs
ResponderExcluirEntendo bem o que sentes e cá ouvindo "gente humilde" do Chico, viajo nas suas letras e nos meus sentimentos "e na fachada escrito em cima que é um lar, pela varanda flores tristes e baldias" (...)
bom fim de semana
bacio
pra estar só e feliz é preciso intimidade com esse ser que habita dentro da gente. é como se não estivessemos sozinhas, mas em nossa companhia, quase uma multidão. é doce quando se aprende a dançar a própria música.
ResponderExcluirLong Haired,
ResponderExcluircresci sozinha, meus pais nunca estavam presentes e ainda por cima era filha única e muito introspectiva. Agora imagine como isso influencia no desejo de ficar só...rsrs
Faby, as vezes precisamos de nós mesmos. Principalmente quando saimos de um relacionamento que te sugou.
Este é o meu caso.
Lu, como diz aquela música de Zé Rodriz e Tavito: "Eu quero uma casa no campo. Onde eu possa ficar no tamanho da paz. E tenha somente a certeza. Dos limites do corpo e nada mais".
Uma casa que nos sirva de refúgio e alegria...por que não?
Débora, quase sempre quando estou em mim sinto-me inundada de várias. Como gosto de dizer "Várias interpretações de mim mesma".