Qualquer uma delas, ou ambas, muito me agrada. Mas o fato é que a ideia dessa postagem surgiu de uma boa surpresa do Google – a maior qualidade do “oráculo” encontra-se na disponibilização de um imenso acervo bibliográfico.
Estava eu a pesquisar livros para baixar e de repente, junto a 1 milhão de outros livros uma imagem salta aos olhos: 2 crianças africanas envolvidas por outras imagens.
O nome era sugestivo: Causa Nobre. Mas sinceramente, não aguentava mais ler sobre assistencialismo e assistência.
Porém, se tratava do primeiro romance publicado pela mesma autora do livro “Diário de Bridget Jones”. E como não li o livro, mas sou apaixonada pelos filmes, dei algumas olhadas.
No entanto, foram as duas palavras que vislumbrei ao ler a sinopse, às grandes responsáveis pelo afeto criado entre nós – o livro e eu.
Sarcásmo feminino e Crítica ao assistencialismo soaram como uma bela melodia aos meus ouvidos. Enfim, não resisti e acabei percorrendo as 213 páginas rapidamente.
Ontem, com grande pesar encerrei a leitura. Ele é um livro com tiradas engraçadas, dialogos inteligentes, personagens interessantes e um roteiro fenomenal.
Causa nobre, conta a história de Rosie Richardson, mulher que abandona o mundo dos famosos para viver na África, ajudando os refugiados.
Porém, o livro está muito além do que escrevi nas duas linhas a cima, Rosie é uma mulher por volta dos 30 (primeira identificação) que se apaixona por um apresentador de programa garanhão e egoísta. Vivendo essa relação como uma gangorra (segunda identificação). E após várias feridas devido a este relacionamento, resolve abandonar tudo, como forma de esquecer o tal cara e vai pra África (terceira identificação). Lá, vive 4 anos como responsável pela administração de um campo de refugiados.
Nesse local, a protagonista enfrentará seus próprios valores e acabará voltando à Londres, no intuito de levantar fundos para socorrer os refugiados.
Enquanto instituições governamentais e não governamentais nada fazem para amenizar a situação, incluindo aqui a ONU, Rosie se verá frente ao seu maior medo, o reencontro com Oliver – o tal ex namorado -, e a utilização da imagem dos famosos – que lógico, estão mais interessados na alto promoção do que em salvar africanos -, como forma de angariar fundos para os refugiados.
Por vários momentos ri, chorei e me enxerguei naquele enredo. Para no final, questionar novamente meus próprios valores e coisas que não entram em minha mente, como por exemplo, a morte de várias pessoas por falta de comida enquanto o mundo é repleto dela.
Com bom humor a autora abordará temas polêmicos que perpassam pelo meu cotidiano enquanto assistente social, afetivo e tantos outros que englobam o meu eu.
Preciso dizer que indico a leitura?!
Eu tenho fome de justiça, respeito, amor, paz, igualdade de direitos, emancipação e de tantas outras coisas.
E você???