O céu apresenta-se com novas nuances. Seus tons mais fortes. Roxos contrastanto com um azul intenso. E ao fundo um alaranjado rosado. Sutilmente mais gélido. E um frescor que somente ocorre no outono.
Ao percebê-lo assim a liberdade instaurou-se. Os risos. A ternura.
Uma fortaleza criou-se, mas as reservas chegaram sorrateiramente.
A dança exalava de meus quadris e pernas, mas não era momento para tamanha liberdade. Mas sim, somente para uma leve e simples liberdade.
Sei que devia estar chorando. Lamentando. Sofrendo. Mas, não o é.
Será um sentimento reprimido?
Eu que tanto os quero. Que tamanho apreço, tenho por eles. Os sentimentos.
Ou será apenas o efeito dessas novas nuances do céu?
E os novos sons surgem. Novas línguas. Novas palavras. Em algumas me percebo. Em outras, encontro amigos distantes.
Um bom tempo é este. Sinto o poder do outono adentrando pelas portas, janelas, cortinas, alma... A paz apresenta-se tão límpida. Uniforme.
Houve a morte, e com ela um nascimento.
Sinto-me abraçado pelos braços singelos de uma criança pronta para viver.
É isso. É a vida após a morte. Sou eu. O espelho. E eu novamente.
Olho novamente para o céu, não se encontra mais com as mesmas tonalidades, porém maio está cada vez mais próxima e suas cores adentrarão em meus olhos. Peito. Alma.
Enquanto isso, apenas deixarei a chuva soprar meu rosto. O sol abraçar-me. E as estrelas secarem minhas lágrimas. Vivendo esses ventos de mudança.
Vou vivendo essa vida. Para daqui a pouco renascer outra cor. Outro céu. Esse eu, somado a outro eu.
O outono e o inverno.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
(...)
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração"
(Águas de Março - Tom Jobim)
Ao percebê-lo assim a liberdade instaurou-se. Os risos. A ternura.
Uma fortaleza criou-se, mas as reservas chegaram sorrateiramente.
A dança exalava de meus quadris e pernas, mas não era momento para tamanha liberdade. Mas sim, somente para uma leve e simples liberdade.
Sei que devia estar chorando. Lamentando. Sofrendo. Mas, não o é.
Será um sentimento reprimido?
Eu que tanto os quero. Que tamanho apreço, tenho por eles. Os sentimentos.
Ou será apenas o efeito dessas novas nuances do céu?
E os novos sons surgem. Novas línguas. Novas palavras. Em algumas me percebo. Em outras, encontro amigos distantes.
Um bom tempo é este. Sinto o poder do outono adentrando pelas portas, janelas, cortinas, alma... A paz apresenta-se tão límpida. Uniforme.
Houve a morte, e com ela um nascimento.
Sinto-me abraçado pelos braços singelos de uma criança pronta para viver.
É isso. É a vida após a morte. Sou eu. O espelho. E eu novamente.
Olho novamente para o céu, não se encontra mais com as mesmas tonalidades, porém maio está cada vez mais próxima e suas cores adentrarão em meus olhos. Peito. Alma.
Enquanto isso, apenas deixarei a chuva soprar meu rosto. O sol abraçar-me. E as estrelas secarem minhas lágrimas. Vivendo esses ventos de mudança.
Vou vivendo essa vida. Para daqui a pouco renascer outra cor. Outro céu. Esse eu, somado a outro eu.
O outono e o inverno.
"É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
(...)
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração"
(Águas de Março - Tom Jobim)
Eu ia comentar seu post, tão cheio de cor e caminhos e aí, soube que LLiz Taylor morreu e fiquei procurando aquela luz, aquela cor de violetas olhos ali, no seu céu. Quase, quase achei. Mas ficou mesmo foi o vazio que me priva de dizer-te o quanto gosto de saber-te. Mas você já me advinha, eu sei.
ResponderExcluirBjs, querida.
"A vida só se dá para quem se deu."
ResponderExcluirDia lindo pra tí K, com muita vida ;*
Keila,
ResponderExcluirSaudadeeeeee daqui.
Como queria ter mais tempo meu Deussssss!
E a vida, é bonita, é bonita e é bonita!!!!
(Qdo ouço essa música com Elis eu choro, acredita?)
Um beijoooo!
Novas cores no céu,
ResponderExcluirmuitas folhas pelo chão.
Estações vem e vão,
e nós apenas por ela passamos,
rápido demais!
Beijo
Fiquei aqui em mim com suas palavras. Fui indo para dentro, para o fundo e quando dei por mim quase não retorno daquele meu canto repleto de ausências que são intensas e dão um colorido especial para a minha existência. Você falou de cores e eu tenho tantas, você falou desse céu que eu aprecio e tudo isso me expulsa para dentro e eu me deixo ir porque aqui dentro eu sou essa figura quentemente outonal.rs
ResponderExcluirbacio
Keila ,
ResponderExcluirComo gostei de ler a sua descrição de Outono [ a minha estação preferída . Pelas cores e cheiros e certa calmia ]
E para finalizar um pequeno excerto de uma bela canção .
Perfeito !
Um beijo
Lu, uma perda, né. Não a sinto tanto assim. Mas dor é pessoal. Mesmo em se tratando da morte de um ícone.
ResponderExcluirAbraços que te aqueçam,
K.
De delícia de frase Callie, e como ela é real.
Bjin,
K.
Sil, acredito sim. Pois ao viver estamos incertos das felicidades, mas em contrapartida a vida é bonita.
Bju,
K.
Blue, passamos por elas rapidamente, mas elas ficam em nós. Registradas. Não é?!
Bju,
K.
Menina Lu, sempre preferi estações mais melancolicas. Essa tonalidade mais nublada. Durante muito tempo preferi o inverno. Hoje, as duas são minhas prediletas. Sendo que o outono trás o tudo em mim. A alegria de dias azuis - como o lindo céu de maio. Mas o voltar a mim a noite. Quando o clima está propicio a isso.
Bjus e bjus,
K.
Oi, Maria. Pelo que percebi, o outono está na preferência dos que passam por aqui. Motivo para isso há.
Obrigada.
Bjus,
K.