Atitude do Pensar

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quarta-feira, 16 de março de 2011

A banalização da humanidade


Por maiores que sejam minhas desavenças com a humanidade, em geral, busco fazer uma análise real - aliás, essa é uma das coisas que mais gosto em mim, sempre tendo a ver todos os lados.
Dentro do universo humano, tenho constatado que há uma vulgarização de si. Isto é, nós - os próprios seres humanos -, temos exercido um papel de banalização da totalidade humana.
Deixe-me explicar: Em geral, estamos nos acostumando com más notícias.
Parte dessa culpa, coloco sobre a força midiática, que nos oferece reportagens de pouca qualidade e sensacionalista.
Não que a inserção de notícias seja ruim, pelo contrário. Entendo a mídia como um veículo capaz de contribuir para grandes mudanças positivas mundo a fora.
O contra, está instalado na forma como recebemos e reagimos frente a essas notícias bombásticas. Ou seja, são tantas informações de desgraças - perdoem-me por fazer uso desta nomeclatura, mas não encontrei nenhuma outra que expressasse melhor -, que nos acostumamos. E até chegamos a ser indiferentes.
Para ser mais clara: Não acredito que devemos sofrer a cada morte. No entanto, nossa sensibilidade está reduzida, quase zerada.
Ao ler uma postagem dos blogs que acompanho, pude refletir sobre o cotidiano perverso. Cruel. Mas real. No entanto, já há algum tempo, tenho pensado muito sobre como nos tratamos. Nos enxergamos. E como isso reflete no outro.
Bem, posso dizer que, somos aqueles dotados de poder de devastão do meio ambiente e da sua própria espécime. E isso, tem sido o grande trabalho realizado por nós durante nossa existência.
Mas...
Será que o individualismo é o grande contribuidor para a venda existente em nossos olhos?
Será que não somos capazes de nos enxergar no outro?
Será que nossa auto imagem está tão confusa, ao ponto de não apenas nos enxergarmos como não somos, mas agir mal em função disso?
Não, meus queridos. Eu não pretendo sofrer intensamente a cada terror ocorrido nesta vasta Terra. Mas entendam, também não intenciono estar insensível a vida existente, além da minha.
Então, o que fazer?
Quem sabe tornar essa sensibilidade real dentro do meu contexto?
Familia. Amigos. Colegas de trabalho. Colegas de faculdade.
Isso é muito difícil, eu sei. Porém, esta que escreve essas palavras, possui uma dificuldade imensa, uma vez que oscila entre o a amor e o ódio aos humanos. Portanto, a dificuldade está posta para todos.
Mas é fato que não pretendo recuar. Isso, jamais.
Não deixarei de ter minhas inúmeras críticas a humanidade, inclusive, esta mesma - a banalização da humanidade.
Apesar de gostar de um mundo de ilusões, uma vez ou outra, a realidade é essa. E cabe a nós mudá-la, buscando caminhos e respostas. Iniciando pela nossa própria mudança. Talvez por isso gosto tanto de me enxergar como uma protagonista da mudança. Nem que seja da minha própria vida. Afinal, são outros seres que a rodeiam, fazendo então parte dela.

7 comentários:

  1. Keila,

    Bem vinda ao clube dos que oscilam entre o a amor e o ódio aos humanos.
    Mas você tem razão quando diz que a gente tbm não pode fechar os olhos para ver ao redor.
    Tem gente ali.
    Eu também não pretendo recuar, isso seria retroceder.
    Mas começar a mudança pela gente mesma, é um grande passo. Com certeza.

    Tentemos!

    Um beijo!!!

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  2. Tem momentos que me sinto tão humana, com tanta vontade de ajudar e mudar o mundo, já no momento seguinte quero me isolar pra sempre... Sou muito dividida nessa questão.

    Beijocas

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  3. Olá ..
    encontrei teu blog através de amigos,
    espero voltar com mais tempo para ler-te...

    beijooos

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  4. Eu confesso que ando deixando a realidade de lado porque estou cansada de tragédias. Mas não falo de tragédias como as do Japão e sim das tragédias que as pessoas inventam. Porque vende e porque o humano parece disposto a saber do sofrimento alheio como se isso fosse capaz de tornar menos árduo o seu próprio caminho. Juro que não entendo isso.
    Outro dia fui caminhar as três da manhã porque eu precisava da paisagem a minha volta e uma criatura soube e me disse "como? Você não teve medo de ser sequestrada, estuprada, agredida?" e eu respondi de imediato "não, mas agora estou sentindo medo de você e de toda essa sua agressão gratuita contra mim". Nem preciso dizer que ele não entendeu, não é? Enfim, tenho medo de pessoas e prefiro os cães. Isso não é novidade pra quem me conhece, mas cá entre nós, é tão chato o ser humano. credo. rs
    Ultimamente, separo pessoas humanas e pessoas caninas. No dia a dia dá pra saber bem a diferença.bacio

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  5. Ai, baby, você sabe como me sinto, né. Eu até tenho as minhas canseiras com gente, mas eu não consigo deixar de me sentir atraída pela fragilidade humana (e pela decadência, mas esta já é outra história).
    Que bom ter você por perto. Bjs

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  6. Assunto pra lá de complicado. Pois fazer o quê?
    Deixar como está, sabemos que errado está.
    Que fazer então? Ler, ouvir e ficar de braços cruzados, esperando que o governo alguma coisa faça? Errado também...
    Descrédito total...

    Beijo

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  7. Ai gente, tô me sentindo tão parte.
    Essas oscilações fazem sentido, né...
    O lance é não desistir eternamente. Porque apenas por alguns instantes vale a pena.
    Descansar é preciso.
    Bjus,
    K.

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