Atitude do Pensar

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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Reflexões acerca de São Paulo


Não sei até quando postarei fotos dos meus olhares por São Paulo, mas neste instante gostaria de descrever as reflexões surgidas desses olhares, dessas andanças.
Aprendi na academia que não devemos expressar nossos valores em nossos textos, pesquisas e afins. Sinceramente, creio que isso seja impossível, pois enquanto seres humanos, somos sentimentos e pensamentos, e, portanto, nossas expressões são meras reflexões do que somos e de quem estamos nos esforçando em ser.
Nesse sentido, vale a pena compartilhar que nasci em Sampa e vim para BH aos 10 anos de idade, durante 5 anos continuava indo visitar os familiares e após isso, dei uma sumida, retornando há 5 anos atrás, e, como não poderia deixar de ser, muitas coisas mudaram nesse período para cá.
Minha intenção nessas férias era ir para algum lugar da América Latina, tinha pensado na Argentina, mas por alguns motivos resolvi ir à São Paulo. Alguns dos motivos estão relacionados a família, amigos, grana, curiosidade.
Bem, deixado a introdução partamos para a viagem.
Revi familiares, me impressionei com eles, pelo cuidado e carinho. E com certeza, diante disso retornarei antes do que imaginam.
Fui conquistada por uma prima que quase ganhou de mim no arroto e que me ensinou um nova artimanha no jogo de sedução: piscadinhas.
Conheci novos amigos: Dú (o fofo mais fofo) e a galera do "DON RODRIGUES TATTOO STUDIO".
Afastei-me de pessoas que por aqui ficaram.
Fiquei triste com pessoas que me amavam desde criança.
Conheci e reconheci lugares.
Me impressionei com a beleza dos homens.
Fiz loucuras pela madrugada, inclusive delas vieram os desencontros.
Encontrei antigo amor e ainda ganhei souveniers dele (tudo bem que sua companhia já era o melhor presente).
Vi cachorros abandonados pelas ruas (nunca vi uma quantidade tão grande).
Dancei na chuva.
Fiquei sem Devassa ruiva.
Lembrei quem eu sou.
Fui menina.
Fui mulher.
Ganhei luvas novas que jamais irão embora (está gravada na pele).
Mas diante de tudo isso, o que mais me surpreendeu foi a falta de gentileza e o individualismo. Por medo, as pessoas não oferecem para carregar sacolas, não são gentis.
Pela correria, não olham nos olhos, nem dizem bom dia, ou obrigada.
Tudo bem, sou mais mineira do que paulistana, mas me recusei a andar depressa, a não oferecer lugar para crianças, nem deixei de oferecer para carregar sacolas.
Dei licença para os apressados passarem, não empurrei no metro, olhava para todos ao falar e observei os poucos que agem assim.
Claro, houveram excessões, sempre há.
Afinal, estamos permeados pelo novo e pelo velho, assim a foto acima.
E eu, vou caminhando, agora pelas ruas de BH.

2 comentários:

  1. Campeonato de arroto?! Sério?!rs. "Piscadinhas"... só vc mesmo... rs.

    Sobre gentileza, vc falou uma verdade, Keila. Há pouco tempo , quando eu fui entrar num ônibus, deixei umas 5 mulheres entrarem na minha frente; nenhuma agradeceu. Ontém, um cara tatuado, entrou na frente de uma mulher no ônibus(na escada ele passou na frente dela e foi para o roleta). Gentileza é coisa rara!

    Beijos

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  2. Mais sério impossível...rsrs
    Mas convenhamos, ela tem apenas 7 anos e a idéia do arroto surgiu quando perguntei se ela sabia arrotar alto, daí ela perguntou: Você me ensina? hehe
    E as piscadinhas vieram de quando eu dizia: Pisca para mim! E ela abria e fechava os dois olhos por não saber piscar...rsrs

    Ow, o mundo está invadido por pessoas nada gentis, sofro muito com isso! Por isso minha predileção por crianças e animais.
    Bjin

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