Atitude do Pensar

Atitude do Pensar

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Bom dia, astro rei!

Ando meio borboleta e meio lagarta. Inundada de anseio por mudanças e desejo de raízes. Submersa em águas, mas a ponto de observar a luz que adentra esta manhã. Ontem chovia, meus pés encontravam-se alagados, quase paralisados. Hoje, logo acordei, e lá estava você, com seus braços abertos a me esperar. Seu sorriso sútil chamava-me à uma caminhada. Dispensei a carona e resolvi aceitar sua companhia. Ela me contou acerca de primaveras e verões. Mar, abraços e saudades. E foi assim, em cada palavra, você paulatinamente adentrava à atmosfera do dia. Irradiando luz, e me pedindo apenas para observá-lo, permitindo que o vento jogasse meus cabelos em meu rosto, alimentando-me com doses de alegria. Para comemorar nosso encontro, resolvi fazer coisas diferentes, permitir-me. Dei alimento à minha alma, e o sabor é agridoce. Fiz mais, alimentei meus ouvidos. E o som, lateja aqui dentro. Agora, há o seu calor e a voz dele.
Bom dia, astro rei!
[devaneios de um raiar de sol, após tanta chuva por aqui, o sol deu o ar da graça, ao comtemplá-lo, lembrei-me do quanto ele pode ser agradável]

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Devaneios de quase férias

Quanto mais rápido é o ritmo, pior poderá ser o estrago. Seguindo essa lógica, meu coração empenha-se em afastar-se de expectativas. No entanto, são essas mesmas expectativas que nos impulsionam a viver, são elas que nos locomovem em todas as esferas do que denominamos vida.
Dentro disso, dezembro chega trazendo a tona reflexões - uma das funções exercida pela atmosfera de final de ano, que apresenta a hipocrisia humana em sua melhor estampa, onde todos tornam-se bons e generosos e, após as festas, tudo volta ao seu padrão. Contudo, se eu fosse fazer uma reflexão acerca desse ano que findará em breve, as decepções com a humanidade poderia ser o tema de 2011, visto que as decepções em meu círculo profissional invadiu-me mensalmente. E meu pobre coração, que enganava-se, acreditando não possuir expectativa, seguiu cambaleando, caminhando aos trancos e barrancos. Entretanto, ele ainda arrasta-se entre espinhos e feridas que sangram de forma latente, até porque, infelizmente, o ano ainda insiste em permanecer e, portanto, decepões continuam adentrando. Porém, meu coração é forte. Gosta de música e ponto final. Sendo assim, permite deixar-se levar pelo ritmo. E as expectativas? Ah, elas que se virem sozinha. Pois após tantas decepções, quero ir além do que apenas sobreviver. Quero sol (isso mesmo, eu que adoro outonos, nesse exato momento anseio pela luz e calor do sol para me aquecer). Mar (e sua força renovadora). Abraços dos de longe (que sempre trazem alegrias inefáveis). Uma gata como companhia (porque o ronronar dela é um santo remédio). Taças (mesmo que ocorra somente em 2012). Música (questão de necessidade básica) e boa companhia (porque estar só é bom, mas estar junto tem sido melhor).

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

A complexa tendência a maldade

Ser humano. Catástrofes. Forças midiáticas. Espécie. Atrocidades. Covardia. Tirania. Conterrâneos. Ditadura. Desigualdade. Sanguessuga. Família. Sanguinário. Euforia. Oprimidos. Sociedade. Coletivo. Apartheid. Bomba atômica. Humilhação. Extermínio. Nazismo. Fragilidade. Vulnerabilidade. Préconceito. Assassinato. Imposição. Animais. Irracionais. Humano. Soberania. Estimação. Infância. Pedofilia. Mulher. Violência. Espaço. Individualismo. Racional? Descartável?

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A gente somos inúteis

Com os filósofos gregos, descobrimos que as indagações e a busca por respostas fazem parte do contexto humano, isto é, compreendemos que é um dos traços mais marcantes da natureza humana.

De onde eu vim, para aonde eu vou?

Qual é o meu papel na sociedade?

Perguntas como essas sempre estiveram presentes em nosso cotidiano.

Filosofia de buteco ou não, permeia nosso espaço social e individual.

Dentro desse universo, pode-se perceber que a humanidade busca um sentido de utilidade prática, que poderá ser impulsionada por seus desejos, sonhos e objetivos de vida.

A religião é outro mecanismo que trabalha a utilidade, observamos isso nitidamente no cristianismo e espiritismo.

Sendo assim, somos bombardeados internamente e externamente pela velha pergunta que teima em buscar espaço em nosso ser: Afinal, pra que estou aqui nesse universo repleto de tantos outros humanos e possivelmente de outros seres também?

Faço parte de um corpo orgânico, onde habita vários outros seres, de um fluxo que torna necessária a relação social.

Nasci, me alimento, durmo, produzo, reproduzo, acordo, vivo, procrio, morro. Mas, afinal, de onde eu vim? Pra aonde eu vou? Meu papel está em quem sou? No que faço? Nas marcas que deixo?

Qual a necessidade prática da minha existência?

Nesse sentido, é válido refletir no quanto isso influência em nossa vida, ou seja, até que ponto somos conduzidos por essas questões e qual o poderio que elas exercem sobre nós?

Será realmente necessário possuir resposta para todas as dúvidas?

Não defendo a alienação, antes o contrário, mas admito que acredito que há coisas nesse universo que são inescrutáveis. E há momentos em que vivemos mais em busca de respostas do que em abosrver e apreender o que está diante de nossos olhos.

E atualmente, preocupo-me - de forma consciente - apenas em simplesmente viver, absorvendo as gotas homeopáticas de alegrias.

Repleta de sonhos e ideais?

Sim.

Porém, vivendo o que possuo nesse instante. Pois no momento, possuo somente o agora. E dele, quero levar apenas sorrisos daqueles a quem amo.

E se alguém me chamar de inútil, terei o maior prazer em responder-lhe: A gente somos inúteis.